Preços do feijão e do leite sobem em Prudente

PRUDENTE - Victor Rodrigues

Data 10/06/2016
Horário 10:09
 

Os produtos nos supermercados têm registrado aumento gradativo há tempos, mas nesta semana o destaque é do feijão e do leite, que ficaram mais caro. O quilo do famoso feijão carioca, presente diariamente na mesa dos brasileiros, não é encontrado por menos de R$ 9. A pesquisa foi feita em quatro estabelecimentos de Presidente Prudente, entre supermercados e hipermercados. Já o litro de leite está na faixa dos R$ 3.

No supermercado Estrela, no Jardim Bongiovani, a marca mais barata de feijão custa R$ 10,49, e a mais cara, R$ 11,59. O leite varia de R$ 2,39 a R$ 2,45. De acordo com o gerente da unidade, Iremar Cordeiro, há cerca de três meses o feijão estava na faixa dos R$ 7, e o leite custava R$ 2,10. "Os produtos já vêm com os valores mais altos dos próprios produtores", comenta.

Jornal O Imparcial Preço do kg feijão varia de R$ 9 a R$ 11, conforme pesquisa em 4 supermercados de PP

No Super Muffato, o quilo do feijão é vendido a R$ 9,90 e o litro do leite a R$ 2,99. "A alta dos preços está relacionada à produção, como fatores climáticos, por exemplo. Os supermercados são prestadores de serviço e apenas repassam os aumentos", informa a Assessoria de Imprensa da rede.

Os valores do feijão no Supermercado Nagai vão de R$ 9,75 a R$ 9,95; e o leite, de R$ 3,29 a R$ 3,69. Já no Supermercado Econômico, o quilo do feijão pode ser encontrado entre R$ 9,98 e R$ 10,98. No mesmo estabelecimento, o leite é vendido entre R$ 3,79 e R$ 4,99.

Paulo Sergio Martins, assistente agropecuário da EDR (Escritório de Desenvolvimento Rural) da regional de Dracena, diz que a alteração dos preços está, de fato, relacionada às questões climáticas. Ele diz que nesta época do ano, a produção do leite sempre registra queda, e a tendência natural é o preço é subir. "Até o fim de agosto poderemos notar mais elevações no preço. Isso também vai refletir em seus derivados, como os queijos", comenta. A previsão é que os valores caiam a partir de agosto.

"Devido à estiagem e ao frio em diversas partes do país, a pastagem fica prejudicada e os donos de vacas leiteiras precisam investir em ração e suplementação animal para continuar a produzir. Isso gera mais despesas, e é repassado no produto. Outros não conseguem produzir tão bem, e cai o número de produção", explica Paulo.

Sobre o preço do feijão, o assistente diz que é algo temporário. A safra nas lavouras paulistas está atrasada por conta das recentes chuvas, o que fez o valor aumentar momentaneamente devido à baixa oferta e grande demanda. Mas Paulo acredita que dentro de um mês a colheita deve ser feita, e o valor deverá reduzir consequentemente. "A produção logo aumenta, e como não será mais um item em falta, o preço cai", expõe.
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