Enquadrada entre as quatro cidades da região de Presidente Prudente que mantêm condições inadequadas na disposição e gestão dos resíduos sólidos, conforme o IQR (Índice de Qualidade de Aterro de Resíduos), Adamantina pretende dar nova destinação ao lixo urbano produzido em seu território. Por meio de licitação, a Prefeitura da cidade contratou uma empresa para fazer o transporte e o aterramento de até 930 toneladas mensais de resíduos. Conforme o contrato, o poder público está disposto a pagar R$ 184 por tonelada, o que corresponde a uma despesa que pode chegar a R$ 171,1 mil por mês.
Atual aterro sanitário da cidade está no limite de sua capacidade, expõe Prefeitura
Mesmo diante dos custos, o prefeito João Eduardo Barbosa Pacheco (PSDB) considera que a transação deverá compensar para o município. Tudo porque, recentemente, Adamantina perdeu o selo Município Verde Azul, concedido pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente. Portanto, com a destinação do lixo em aterro regularmente certificado, a cidade poderá retornar ao programa e, consequentemente, ter acesso a repasses de recursos destinados a políticas públicas de redução da poluição.
"Como nosso aterro sanitário não foi licenciado, em virtude de algumas pendências, perdemos o selo Município Verde Azul. Além disso, nosso aterro atual não atende plenamente a demanda de lixo da cidade, então, foi necessário abrir o edital de licitação para resolver essa questão", argumenta o chefe do Executivo. Segundo ele, o lixo coletado deverá ser encaminhado a aterro sanitário privado, sob responsabilidade da empresa contratada.
Ainda assim, Pacheco garante que a medida adotada pelo município deva ser temporária. Visto que, de acordo dom ele, a Prefeitura já estaria trabalhando no sentido de regularizar outra área para abrigar o lixo produzido na cidade. "Nosso aterro atual está no limite de sua capacidade, então, não poderíamos continuar depositando lixo nele. Mas já estamos realizando estudos para implantar um novo aterro, por isso a contratação de uma empresa para fazer o transporte nos dá um tempo para trabalhar até que o novo local seja regularizado", afirma o prefeito.
Inventário estadual
Conforme divulgado recentemente pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), com base em dados de 2015, Adamantina está entre as quatro cidades da região que apresentam pendências ambientais e sanitárias relativas aos respectivos aterros, no Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Urbanos. Além dela, foram elencadas ainda Pirapozinho, Presidente Epitácio e Presidente Prudente. No estudo, Adamantina foi relacionada entre as inadequadas com a nota 4,6, em uma pontuação que vai de 0,0 a 7,0.
De acordo com o mesmo estudo da Cetesb, a cidade produz uma média diária de 26,5 toneladas de resíduos sólidos. O que significa algo em torno de 800 toneladas ao mês. Com o novo contrato, vencido em licitação pela Monte Azul Engenharia, a Prefeitura poderá encaminhar até 930 toneladas mensais de resíduos, pelo valor de R$ 184 a cada mil quilos. O acordo entre as partes tem a duração prevista para 12 meses, contado a partir da data da assinatura, efetuada em 20 de junho.
