Visando economizar em torno de R$ 60 mil por mês, a Prefeitura de Narandiba resolveu suspender o plantão de atendimento médico na única UBS (Unidade Básica de Saúde) do município aos sábados. O órgão funcionava das 8h às 17h e, com a medida, passa a atender os pacientes apenas de segunda a sexta-feira, das 7h às 22h. A iniciativa tem início na próxima semana e segue os planejamentos adotados pelo Executivo, com vistas a reduzir gastos, perante um momento de retração econômica que o país atravessa, segundo o administrador da cidade, Ênio Magro (PSDB).

Medidas são para "cortar gastos", explica Ênio Magro

O gestor esclarece que as pessoas que, por ventura, precisarem de atendimento aos sábados seguirão o mesmo esquema adotado aos domingos e feriados – dias em que a UBS já não funcionava –, sendo conduzidos, em ambulância, até hospitais de Presidente Prudente. "É caro manter toda a estrutura que o plantão necessita", comenta. Ele frisa ainda que a atitude é provisória, e que, em 2016, o atendimento aos sábados podem retornar.

 

Redução de horário

Outra medida adotada pelo prefeito e que também segue o plano de "cortes de gastos" é a redução do horário de atendimento à população na prefeitura. O chefe do Executivo informa que a partir de terça-feira, o expediente do Paço Municipal junto aos moradores – que era feito das 8h às 17h – ocorrerá das 8h às 12h. Após este horário, o prefeito informa que os servidores continuarão no prédio, realizando as atividades internas.

O prefeito pontua ainda que esperou o máximo que pode para tomar tais providências, mas que, devido ao momento instável da economia e necessidade de reduzir despesas, propagou as iniciativas. "Esperei até onde foi possível", frisa Ênio.

 

Orçamento

Conforme o tesoureiro municipal, Diogo Marioto Nardi, de janeiro para cá as receitas de Narandiba sofreram queda, o que acarretou, até mesmo, como lembrado pelo prefeito, atraso de dois meses no pagamento de fornecedores. Diogo explica que, em uma média mensal, as receitas da prefeitura giram em torno de R$ 1.890.000, contra R$ 1.780.000 das despesas.

Porém, mesmo a média sendo positiva, o representante esclarece que houve R$ 1,6 milhão de restos a pagar de 2014, quitados entre janeiro e abril de 2015 e, somados às obrigações trabalhistas e à queda do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), e demais altas de contas, acarretaram os atuais atrasos (com os fornecedores).