Prefeitura de Prudente gasta R$ 2,2 mi com prédios alugados

Executivo tem 32 locações para abrigar serviços administrativos, da saúde, assistência social e educação; ao optar pelo aluguel, administração considerou necessidades do município

PRUDENTE - ANNE ABE

Data 19/07/2017
Horário 12:35

A Prefeitura de Presidente Prudente gasta anualmente cerca de R$ 2,280 milhões com aluguéis de imóveis utilizados como sede de 32 órgãos e serviços locais, o que representa um investimento de R$ 190 mil por mês. Os prédios alugados abrigam os serviços administrativos; serviços de saúde, como ESFs (Estratégias Saúde da Família), UBSs (Unidades Básicas de Saúde); da Assistência Social, com Centros de Referência; e por fim, da Educação, com as escolas municipais, conforme informado pela Sefin (Secretaria de Finanças) do município.

A reportagem também solicitou uma relação dos prédios alugados em nome da Prefeitura, porém, essa informação não foi disponibilizada pelo órgão. No entanto, foi informado que o contrato de maior valor mensal é de R$ 44.340,36, referente à sede do Centro de Saúde 1/Farmácia Central e Departamento de Suprimentos, conhecido como Palácio da Saúde. Já o prédio com o aluguel mais em conta corresponde à ESF (Estratégia de Saúde da Família) do Jardim Guanabara, na zona norte da cidade, com o custo mensal de R$ 776,22.

De acordo com o secretário municipal de Administração, Alberico Bezerra de Lima, optar pelo aluguel de prédios é uma medida administrativa econômica, em que foram levadas em conta as necessidades do município na construção de creches, escolas e postos de saúde, que são considerados prioritários. Além disso, ele comenta que há prédios próprios da Prefeitura, mas que são obrigatoriamente destinados a abrigar órgãos públicos, como o Fórum, a Justiça Eleitoral e o Tiro de Guerra, devido ao serviço prestado e necessário à população.

 

“A gente torce por uma reestruturação do país, pois, com isso, torna a crescer o repasse de verbas para o munícipio, para que sejam investidas na construção desses imóveis”

Alberico Bezerra de Lima,

secretário de Administração

 

O secretário ainda informa que não há uma previsão para sanar todos os contratos de aluguéis do órgão, pois a administração municipal depende do cenário econômico do país e enfrenta um momento de queda na arrecadação e movimento dos recursos da cidade. “A gente torce por uma reestruturação do país, pois, com isso, torna a crescer o repasse de verbas para o munícipio, para que sejam investidas na construção desses imóveis e, assim, não precisar continuar no aluguel”, declara Alberico Bezerra.

A economista Josélia Galiciano Pedro explica que para realizar a compra de um imóvel é preciso um desembolso financeiro significativo e, por isso, é preciso analisar, primeiramente, a viabilidade do investimento. Para tanto, a profissional recomenda que a compra do imóvel seja feita apenas se possuir um capital de entrada e, posteriormente, um fluxo de caixa para manter-se. “Às vezes, é interessante iniciar com aluguel e ir fazendo as contas para ver se é viável ou não para o empreendimento, de acordo com os gastos”, ressalta.

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