Durante reunião realizada na manhã desta segunda-feira, no gabinete do prefeito, a Prefeitura de Presidente Prudente esclareceu aos servidores que "não há viabilidade financeira" para elevar a proposta de aumento salarial ao funcionalismo da referência 1. Após o encontro, os grevistas decidiram suspender a paralisação.
De acordo com nota divulgada pela administração municipal à imprensa, foi mantida a proposta de alteração da referência 1 para a 8, além da data-base do fim deste mês, em que haverá novo aumento a todos os servidores.
"Isto esclarecido, o chefe de gabinete [Luiz Edson de Souza] pediu a compreensão dos servidores para que retornem aos seus postos de trabalho, priorizando, sobretudo, os alunos da rede municipal que estão tendo prejuízos na rotina de aulas em razão da paralisação", afirmou a municipalidade.
Os servidores da referência 1 iniciaram greve no dia 1º de março. A categoria reivindicava a mudança dos cargos de auxiliar de biblioteca, auxiliar de telefonista, cozinheira, servente de pedreiro, serviços gerais e vigia diurno para a referência de número 11.
Conforme a proposta da Prefeitura, o salário-base dos servidores em questão subirá da atual referência 1 (R$ 1.479,87) para a 8 (R$ 1.624,70). Já a referência 11, pleiteada pela categoria, tem salário-base equivalente a R$ 1.949,77.
O Sintrapp (Sindicato dos Servidores Municipais de Presidente Prudente e Região), que representa a categoria, comunicou na tarde desta segunda que a proposta da negociação foi levada para assembleia na sede do sindicato, onde os servidores da referência 1 decidiram pela suspensão da greve "nesta ocasião em que o diálogo foi retomado, com a expectativa de negociações futuras".
O sindicato destaca que, além da alteração da referência 1 para a 8, ficou acordado dar prosseguimento à proposta de remoção das cozinheiras e serviços gerais, a reestruturação da tabela de referências e a reposição dos dias parados. Segundo a entidade, a mudança de referência também contemplará os servidores que estão entre as referências 2 e 7, de modo que todos passam a pertencer à 8. Houve ainda o compromisso de uma nova mesa de negociação em 90 dias.
"A luta da referência 1 não terminou. Continuamos mobilizados na busca da referência 11", afirmou.
