Procura por ajuda superam doações recebidas

PRUDENTE - THIAGO MORELLO

Data 03/06/2018
Horário 02:05
Norberto Gualdi de Oliveira, Aos sábados, grupo de voluntários se encontra e divide as tarefas a serem feitas no BMCUPP
Norberto Gualdi de Oliveira, Aos sábados, grupo de voluntários se encontra e divide as tarefas a serem feitas no BMCUPP

Quase sete anos após a criação do BMCUPP (Banco de Materiais de Construção Usados de Presidente Prudente), o grupo de voluntários por trás do projeto - que visa revitalizar e construir imóveis para famílias carentes - continua ativo. Desde que foi iniciado, conforme a repercussão, os pedidos de ajuda se tornaram maiores que as doações recebidas. Atualmente, a ação capta aproximadamente 36 doações por mês. Para quem idealiza a atividade, o número tem sido bom, no entanto, ainda não é o suficiente para atender toda a demanda existente.

Para ser mais exato, é uma média de oito a nove doações semanais, segundo o idealizador do projeto, Norberto Gualdi de Oliveira. “Toda semana a gente tem algo para buscar. Isso é bom, na verdade é ótimo. Mas na medida em que foi ficando conhecido, as pessoas que realmente precisam também nos procuraram ainda mais”, completa. Questionado sobre quantas famílias já foram ajudadas, ele fica feliz ao perder a conta, em vista da quantidade que foi possível.

De lá pra cá, Norberto também destaca melhorias, como evolução na captação e na entrega dos utensílios. Aliás, não são somente materiais de construção que o projeto recolhe. O idealizador também lembra que eletrodomésticos e móveis, que estejam em boas condições de uso, também são captados. “Há casos em que o aparelho/móvel é disponibilizado à venda, a fim de arrecadar recursos que possam comprar areia, tijolo, enfim, algum material que esteja precisando, conforme a urgência da solicitação”, argumenta.

E por falar em urgência, esse é ponto fundamental utilizado para definir quem será o próximo grupo familiar a ser ajudado. Conforme o projeto ganhou grandes proporções e muitas pessoas precisando de apoio, existe um profissional adequado que analisa a família a ser assistida. É válido ressaltar que o programa é promovido em parceria com os vicentinos da Igreja São Vicente de Paulo. “Sendo assim, eles possuem uma assistente social que vai verificar o perfil de quem procurou ajuda e definir que precisa de mais urgência”, explica.

Esse cadastro por parte do grupo a ser auxiliado é feito no conselho dos vicentinos. Por lá, a família vai preencher um questionário e, no final, fazer um resumo sobre a situação de vida. É por meio deles que a escolha é feita. “A gente, se pudesse, ajudava todo mundo, é lógico. Mas vamos aos poucos que devagar se chega ao longe”, considera idealizador. A contribuição tem sido bastante, ainda de acordo com ele, contudo, toda “ajuda é bem vinda”.

As obras são feitas tanto para construção de uma nova residência, em terrenos já existentes ou doados pela Prefeitura, ou para ampliar imóveis já existentes.

 

Mão na massa

Todos os sábados, na sede do BMCUPP, é feito um mutirão com os voluntários que aderem ao projeto. Logo pela manhã, eles se reúnem e seguem um cronograma. A partir disso, eles são direcionados aos trabalhos, seja ele a captação de doações, entrega dos materiais ou ajuda na construção. Norberto não deixa de salientar que a maior concentração da mão de obra tem sido nos bairros Jardim Morada do Sol e Parque Residencial Francisco Belo Galindo, em vista da logística. “Na maioria dos casos, as doações acontecem ali pelo entorno, mas é porque fica próximo ao nosso barracão e como só temos um carro, acaba sendo mais fácil. Precisamos de ajuda”, finaliza.

 

SERVIÇO

As doações são aceitas no Banco de Materiais, localizado na Estrada Raimundo Maiolini, Km 7, Parque Residencial Francisco Belo Galindo, ao lado da Casa da Sopa. No entanto, quem não possuir condições de levar o material, basta entrar em contato com o número 99728-0059.

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