Procura por materiais escolares segue aquecida

Pais demonstram preocupação em relação ao preço dos itens e preferem optar por produtos mais em conta e de segunda linha

PRUDENTE - PÂMELA BUGATTI

Data 19/01/2019
Horário 08:52
Marcio Oliveira - Conforme papelarias, tendência que é movimento continue a crescer até o início das aulas
Marcio Oliveira - Conforme papelarias, tendência que é movimento continue a crescer até o início das aulas

Todo início de ano o planejamento da vida escolar dos filhos toma um grande espaço na rotina dos pais. Eles encaram filas e tentam economizar na hora de comprar os materiais e uniformes escolares para os filhos que, por sua vez querem voltar para a escola com novidades mais caras. Em Presidente Prudente, com a proximidade do início das aulas, algumas papelarias chegam a ter um aumento de até 40% na movimentação, ainda que os preços oscilem de uma para outra.

Os pais, que começam o ano com gastos fixos como rematrícula, IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores), IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), entre outros, já demonstram preocupação com os preços e valores, tanto que alguns optam por materiais de segunda linha na hora de escolher os produtos.

Mesmo com as papelarias faturando, os pais precisam se precaver para não passar por um aperto. Daniela Peres Rodrigues explica como age no momento de comprar. Ela afirma que prioriza a qualidade dos itens, entretanto, as crianças sempre querem comprar algo que remeta a personagens. “Vamos equilibrando junto com a qualidade dos produtos, mas é claro que o melhor preço finaliza todo o processo”, comenta.

Já prudentina Cristina Gonsalves Fernandes fala que o aumento relativo no valor dos materiais influenciou e muito no bolso. “Não tenho outra opção a não ser comprar o básico e o mais barato e ir completando no decorrer do ano”. Desta forma, ela fala que o dinheiro para a compra dos itens é reservado em dezembro, com o décimo terceiro salário.

A bancária Patrícia Cristina Belicoli Bruquine, que é mãe de dois filhos, ressalta que o aumento dos preços dos materiais nesta época do ano pesou muito no bolso. “Eu peguei a lista do ano passado e a deste ano e notei drasticamente o aumento que teve, consequentemente, estou priorizando materiais de segunda linha e mesclo com materiais de primeira linha, para ver se eu consigo dar uma equilibrada no valor”. Ela lembra que levar os filhos para as compras não é uma boa opção. “Nunca vou trazer as crianças! Com elas é sempre uma “canetinha” ou outra coisa a mais, e, assim, vira uma conta enorme. Prefiro estar sempre sozinha”, pontua.

Papelarias

De acordo com a auxiliar de loja da Kalunga, Alessandra Ângelo da Silva, 24 anos, as vendas estão fluindo bem neste mês. Ela fala que, devido às condições especiais para os clientes e às promoções, o movimento só está crescendo. “Aqui parcelamos a compra de materiais em até 12 vezes. Também estamos com um projeto de sustentabilidade, em que trocamos os cadernos velhos por um novo”.

O auxiliar de estoque da Gráfica Prudentina, Emerson Saran Matos, por sua vez, explica que as vendas já ultrapassaram em 20% às do ano passado. Ele pontua que fluxo é “tão grande” que deu embalo às contratações. “Nesta época contratamos funcionários, pensando na qualidade do atendimento ao consumidor”. Acrescenta que os materiais mais vendidos, além dos caderno e materiais básicos, são as mochilas e lancheira, especialmente, as com personagens.

Já o proprietário da Papelaria Sawamura, José Mitsuo Sawamura, 63 anos, fala que a procura está “bem intensa”, mas que o mês melhor para as vendas é fevereiro ou até março, para os pais “atrasadinhos”. No entanto, ele ressalta que os clientes devem optar por fazer as compras com antecedência, para evitar transtornos.

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