Produtores lamentam cenário pecuarista

PRUDENTE - BIANCA SANTOS

Data 10/09/2017
Horário 11:38

Apesar dos bons indicadores para o EDR (Escritório de Desenvolvimento Rural) de Presidente Prudente, referentes a 2016, neste ano, aparentemente, a situação está bem diferente, e negativa. Atuando na produção de leite há 15 anos, Edson Tsuguio Akashi, de Tarabai, explica que 2017 ficou marcado por uma atividade “péssima”, devido à recessão econômica. O custo de revenda para os laticínios, inclusive, está 30% abaixo do dado referente ao período anterior.

“No último pagamento, recebi R$ 1,16 por litro de leite resfriado, mas porque integro uma associação com mais 17 produtores. Para quem faz a entrega avulsa, soube que o valor pago é de R$ 0,90. Neste sentido, temos a ‘vantagem’ da logística na busca do produto em um maior número de pessoas e de litros de leite”, observa Edson.

A situação é reafirmada pelo criador Sérgio Mendonça, de Presidente Bernardes, que reforça a importância dos investimentos e incentivos aos pequenos produtores e agricultores familiares. “No momento, só trabalho na minha pequena propriedade com a atividade leiteira. Mas, para conseguir extrair os 150 litros diários de hoje, fiz o melhoramento genético através da inseminação, além de adubação diária e irrigação, por exemplo, contando sempre com o apoio dos engenheiros da Cati [Coordenadoria de Assistência Técnica Integral]”, pontua.

Para aumentar a produtividade, os criadores têm investido em irrigação, máquinas de ordenha e tanque de resfriamento, com o auxílio do governo estadual. Edson, por exemplo, relata que recebeu o incentivo de um caminhão-tanque para coleta de leite de seus associados. “Para tanto, o programa Micro Bacias II da Cati subsidiou 70% do veículo, que custou R$ 250 mil”, conta. Com a aquisição, os associados poderão negociar melhores preços de compra do produto com os laticínios da região, segundo ele.

 

 

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