Proerd mantém vínculos durante a pandemia

Com encontros suspensos desde março, instrutores levam mensagens de apoio aos alunos de forma remota

REGIÃO - ROBERTO KAWASAKI

Data 18/09/2020
Horário 07:55
Polícia Militar - Encontros ocorrem por meio de aplicativos virtuais
Polícia Militar - Encontros ocorrem por meio de aplicativos virtuais

Há seis meses, os alunos das redes de ensino estão com as aulas presenciais suspensas em decorrência da pandemia da Covid-19. Além das tradicionais disciplinas que tiveram que ser readaptadas, os encontros com instrutores de Proerd (Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência), da Polícia Militar do Estado de São Paulo, também passaram por mudanças e começaram a ser feitos de maneira virtual. 
De acordo com o cabo-PM Emerson Policate, instrutor do projeto no 18º BPM/I (Batalhão de Polícia Militar do Interior), as aulas de Proerd não podem ser ministradas pela internet, apenas presencial. Diante da nova realidade, foi preciso encontrar uma forma para não perder o vínculo com os alunos e instituições de ensino. Por meio de aplicativos de comunicação utilizados pelas escolas, os instrutores reinventaram a aproximação com os pequenos.
“Enviamos mensagens de apoio, com orientações e até mesmo com informações sobre a própria Covid”, afirma Policate. Conforme a Polícia Militar, as atividades são desenvolvidas por meio de palestras online, vídeos, “lives”, entre outras, a fim de atender a todos os alunos das escolas que já haviam iniciado o Proerd neste ano, bem como as do segundo semestre para não haver a desvinculação do programa.

120 escolas participantes

Até o começo do ano, na área do 18º BPM/I havia 120 escolas cadastradas. Segundo Policate, o programa trabalha com crianças na faixa etária de 9 a 10 anos que participam de encontros semanais com os instrutores nas salas de aula. “Trabalhamos a autoestima, valorizações, técnicas de segurança, abordamos também o bullying, trabalho em equipe, o convívio em sociedade, além de falarmos sobre as causas e consequências das drogas”, explica. 
No primeiro encontro, os participantes recebem um livro com os temas abordados. Cada qual fica responsável pelo seu material. Além de debaterem sobre os assuntos, têm a oportunidade de deixarem as sugestões ou dúvidas na famosa “caixinha de perguntas”. “É por meio dela que a gente vai descobrindo as curiosidades, o que querem de informações. Fica tudo mais dinâmico”, lembra Policate, que está no programa há 20 anos. 
“A aceitação sempre foi ótima por parte das famílias, eu nunca tive problemas quanto a isso”, afirma o instrutor. “O que mais me deixa feliz é reencontrar essas crianças [já adultas] e ver que realmente deram certo. O meu sonho é que todos elas se realizem”, expõe. “Não tem dinheiro que pague o momento em que estou com elas”. 

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