Professores da rede estadual aderem à greve geral

Para dia 13 estão marcadas visitas em escolas, quando a Apeoesp dialogará com docentes, estudantes e pais sobre reivindicações

PRUDENTE - MELLINA DOMINATO

Data 10/03/2017
Horário 10:37


Professores da rede estadual de ensino aprovaram anteontem, em assembleia na capital paulista, a promoção de medidas para organizar a participação da categoria na greve nacional da educação, convocada pela CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação). A previsão é que a paralisação comece no dia 15 e prossiga por tempo indeterminado. De acordo com a Secretaria de Comunicação da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), mais de 30 mil docentes, entre eles representantes da região de Presidente Prudente, estiveram presentes na sessão desenvolvida na quarta-feira, que também culminou em uma homenagem ao Dia da Mulher.

Jornal O Imparcial
Em apoio à mobilização, docentes do oeste paulista fecharam escolas

A Apeoesp expõe que, para o dia 13 estão marcadas visitas em escolas, quando representantes da entidade dialogarão com professores, estudantes e pais sobre as reivindicações, bem como a greve. No dia 14, serão realizadas assembleias regionais para debater a continuidade ou não da paralisação e demais questões da campanha. Para 15 deste mês, primeiro dia de greve, uma assembleia estadual está marcada para às 14h, na Praça da República, na capital paulista.

A Apeoesp lembra que os principais eixos de luta são a discordância com a reforma da previdência, "que acaba com o direito à aposentadoria dos trabalhadores, prejudicando fortemente os professores". Ainda cita a luta por reajuste salarial imediato rumo à aplicação da Meta 17 do Plano Estadual de Educação, que trata da equiparação salarial com as demais categorias com formação equivalente, e o currículo máximo no ensino médio – contra a retirada de disciplinas.

Como noticiado neste diário ontem, na quarta-feira, professores do oeste paulista paralisaram suas atividades em apoio ao movimento promovido na capital. Em quatro escolas localizadas no distrito de Itororó do Paranapanema, em Pirapozinho, Rancharia, Sandovalina e Tarabai, a adesão ao movimento foi de 100% dos docentes. Já nas outras cidades da região, a participação foi entre 10% e 30% dos profissionais.

Sobre o assunto, a Secretaria de Estado da Educação, por meio de sua Assessoria de Imprensa, pontua que mantém uma mesa de negociação aberta com os sindicatos da categoria e ressalta que nesta semana já foi pago o salário com reajuste de 10%, aumento que será incorporado aos vencimentos de mais de 18 mil docentes de educação básica I. Ressalta que, com isso, nenhum professor do Estado recebe menos que o piso nacional, que é R$ 2.298,80. Expõe ainda que o salário-base dos professores da rede estadual de ensino é R$ 2.415,89, ou seja, "5% superior ao piso nacional e acrescido de benefícios".

Para falar sobre o repúdio à reforma prevista pelo governo federal, a reportagem entrou em contato com o Palácio do Planalto e a Assessoria de Imprensa da Casa Civil. No entanto, até o fechamento desta edição, não houve resposta.

 
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