Projeto em escolas de Prudente fomenta saúde

PRUDENTE - THIAGO MORELLO

Data 29/04/2018
Horário 09:05
Marcio Oliveira, “Com isso, foi feito um painel com informações da quantidade de nutrientes que cada alimento possui e o que eles estão absorvendo, indicando sempre a melhor refeição”, completa.
Marcio Oliveira, “Com isso, foi feito um painel com informações da quantidade de nutrientes que cada alimento possui e o que eles estão absorvendo, indicando sempre a melhor refeição”, completa.

Na contrapartida dos problemas nutricionais que acometem crianças e adolescentes, existem programas que tentam combater esse mal. Em Presidente Prudente, por exemplo, o projeto Ação na Escola, da FCT/Unesp (Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista), beneficia 587 alunos da rede estadual, com ações que visam a implementação da prática de exercícios físicos no cotidiano, bem como a introdução a alimentação saudável. Iniciado em 2016, a atividade é desenvolvida em quatro instituições de ensino do município, para adolescentes entre 11 e 14 anos.

Ao longo do programa, dentro do cronograma, existem ações como o circuito funcional, para aumentar a participação em atividades e exercícios físicos e implantação de horta. Em algumas instituições, existe também o painel na sala de aula, para quebrar o comportamento sedentário. “É uma espécie de pausa no tempo em que os alunos ficam sentados. A aula é interrompida, por um momento, a fim de fazer um alongamento, por exemplo”, explica a pesquisadora à frente do projeto e professor de Educação Física, Sueyla Ferreira da Silva dos Santos.

Em relação à alimentação, Sueyla conta que uma nutricionista realizou visitas no setor de merenda escolar, para avaliar o que os estudantes ingeriam diariamente, a fim de ver o valor nutricional do cardápio. “Com isso, foi feito um painel com informações da quantidade de nutrientes que cada alimento possui e o que eles estão absorvendo, indicando sempre a melhor refeição”, completa. Ainda de acordo com ela, no que diz respeito à horta, há relatos de alunos que não comiam certos alimentos, mas decidiram provar, pois eles mesmos produziram.

Sueyla explica que, das quatro unidades atendidas, duas são fixas, que fazem parte da pesquisa como escola de intervenção, que são: Escola Estadual Marrey Júnior e Escola Estadual Oracy Matricardi. Ambas operam em período integral. Já as demais, são denominadas “controle”, no qual as atividades foram implantadas no início, mas hoje recebem avaliação de continuidade. “São elas: Escola Estadual Joel Antônio de Lima e Escola Estadual Professor Placídio Braga Nogueira”, lista.

 

Manutenção

Em 2017, as visitas eram realizadas diariamente. Hoje, o estágio atual é de manutenção, a fim avaliar quais das estratégias adotadas foram efetivas. “As pesquisas mostram que, se não houver mudança nesse momento da vida, a probabilidade de ser um adulto obeso é muito grande”, argumenta Sueyla. Esse ano, a visita é feita uma vez por semana, o que já foi possível verificar a redução do comportamento sedentário dos alunos.

A pesquisa vai até 2020, com o sistema de monitoramento das ações. A pesquisadora não deixa de salientar que, no final, a intenção é trazer resultados que possam promover políticas públicas que sustentem o projeto.

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