O primeiro levantamento de infestação do Aedes aegypti de 2024 indica que Presidente Prudente está em situação de alerta, com IIP (Índice de Infestação Predial) de 3,4, o que significa que, a cada 100 casas visitadas, em média 3,4 estão com focos de dengue. Conforme preconizado pelo Ministério da Saúde, acima de 3,9 é considerado risco de surto. As regiões centro-norte e norte têm os maiores índices.
O indicador revela uma ligeira redução em relação ao alcançado em janeiro de 2023, quando o IIP estava em 6,1. Já o IB (Índice Breteau) de 2024 é de 4,4, também inferior ao do ano passado, que chegou a 9,1. O IB é utilizado para definir a quantidade de insetos em fase de desenvolvimento, entre eles o Aedes aegypti, vetor da dengue, zika vírus e chikungunya.
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), por meio da VEM (Vigilância Epidemiológica Municipal).
De acordo com informações do órgão, neste primeiro levantamento foram vistoriados 3.760 imóveis nas sete áreas da cidade. Em cada residência, os recipientes foram analisados para calcular o IB e o IIP.
A área com índice predial mais alto, de 6,45, é a centro-norte (área 5), que abrange os bairros Jardim Regina, Estoril, São Judas, Aviação, Jardim Paulista, Maristela, Bosque, Santa Helena, Ocidental, centro e outros.
Outro setor preocupante é zona norte (área 7), com IIP de 4,09 e IB de 4,53. A região abrange os bairros Terceiro Milênio, Humberto Salvador, Watal Ishibashi, Brasil Novo, João Domingos Netto, Morada do Sol, entre outros.
Segundo o secretário municipal de Saúde, Breno Erbella Casari, os resultados não deixam Prudente em uma situação confortável. "Estamos falando de uma doença dinâmica e o vetor não tem barreiras", afirma, alertando especialmente sobre a movimentação que ocorre neste período de estudantes vindos de outras localidades.
Em Prudente, foram registrados até o momento 10 casos positivos de dengue em 2024, enquanto 284 aguardam resultados.
Em 2023, foram catalogados 36.118 diagnósticos positivos e 24 óbitos, sendo o pior ano da história da dengue no município.