Presidente Prudente abriu o ano com saldo negativo de 57 empregos formais, apontam dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados pelo governo federal nesta quinta-feira. Em janeiro, foram 2.288 admissões contra 2.345 desligamentos. O resultado é movido pelo desempenho do comércio, que apresentou saldo negativo de 160 postos de trabalho (674 admitidos ante 834 desligados), enquanto os demais setores tiveram saldos positivos.
O presidente da Acipp (Associação Comercial e Empresarial de Presidente Prudente), Raul Audi Júnior, destaca que, em 2022, mês a mês, os dados do estudo “demonstraram a força do comércio na geração de emprego e renda em Prudente”, no entanto, o mês de janeiro não costuma acompanhar esses resultados positivos. Isso porque, segundo ele, para atender a demanda de fim de ano, ocorre um número expressivo de contratações temporárias.
“Ainda que muitas lojas efetivem parte desses trabalhadores, nem todos permanecem em janeiro, visto que são contratações temporárias para suprir a demanda de Black Friday, Natal e Réveillon”, avalia. “Esperamos por melhores resultados em breve”, acrescenta.
Um dos principais carros-chefes da economia prudentina, o setor de serviços continua consolidando os melhores resultados em relação ao mercado de trabalho. Em janeiro, foram 1.039 contratações ante 974 demissões, o que corresponde a um saldo positivo de 65 empregos.
O gerente regional do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), José Carlos Cavalcante, argumenta que este é um segmento de grande representatividade e oferece diversas oportunidades para novos negócios, o que reflete diretamente em postos de trabalho. “O Sebrae está com boas perspectivas para o segundo trimestre, já que, por ora, o mercado ainda está se adequando aos novos governos [federal e estadual]”, considera.
Na sequência, destaca-se a indústria, com saldo positivo de 21 postos (346 admissões e 325 desligamentos).
O diretor regional do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) em Prudente, Itamar Alves de Oliveira Junior, aponta que o valor não é tão expressivo porque o setor está retornando de um período de férias e marcado por férias coletivas. Consequentemente, há menos contratações no período. Mas a expectativa é que o mercado aqueça nos próximos meses, sobretudo no setor sucroalcooleiro, que entrará no período de colheita. “Em janeiro, a indústria anda mais devagar, mas a projeção é que retome a partir de fevereiro com a entrada da safra, que poderá acelerar a absorção de novos colaboradores principalmente nas usinas”, pondera.
Após a indústria, está a agropecuária, que registrou saldo positivo de 11 empregos entre 27 admitidos e 16 desligados. Por fim, vem a construção civil, com saldo positivo de 6 postos entre 202 contratados e 196 demitidos.
Conforme o Ministério do Trabalho, o país gerou, em janeiro, 83.297 postos de trabalho com carteira assinada, resultante de 1.874.226 admissões e 1.790.929 desligamentos no mês, tendo saldo positivo em 16 das 27 unidades da federação e em quatro dos cinco grandes grupos de atividade econômica.
Assim como em Prudente, o maior crescimento do emprego formal ocorreu no setor de serviços, que apresentou saldo de 40.686 empregos formais. Em seguida, veio a construção civil, com saldo positivo de 38.695 postos de trabalho, e a indústria, que obteve saldo positivo de 34.023 postos no mês.
Também como ocorreu em Prudente, o setor de comércio foi o único com resultado negativo no mês de janeiro, com -53.524 postos de trabalho.
