Nos primeiros 20 dias do novo ano, a Secretaria Municipal de Saúde de Presidente Prudente registrou 91 casos de atendimentos a pacientes com conjuntivite. Para o médico oftalmologista Geraldo Takashi Yoshuyaso, há uma incidência da doença no verão devido à facilidade de proliferação do vírus e o melhor tratamento é o cuidado com a higienização, sobretudo das mãos. Entre os anos de 2016 e 2017, a pasta contabilizou aumento de 5,24% nos registros da enfermidade, saltando de 1.717 casos para 1.807.
Segundo o especialista, existem vários tipos de causas da conjuntivite, sendo a mais comum recebida nos consultórios médicos a conjuntivite viral, aquela que ocorre mais com a chegada do inverno e geralmente atinge crianças em idade escolar, no qual o vírus é transmitido igual ao da gripe.
A segunda causa é a conjuntivite irritativa, com índice maior nas mulheres. Isso acontece devido ao uso constante de produtos químicos, como maquiagens e protetores solares da espécie cremosa. O médico explica que o uso errado desses produtos faz que seus componentes penetrem no olho das pessoas ocasionando inflamações.
Já o terceiro fator é mais conhecido como conjuntivite bacteriana, e de acordo com o oftalmologista, possui uma frequência menor, mas que ainda está presente em muitos casos. Elas são contraídas por meio da proliferação de bactérias em lugares muito utilizados como: corrimão de escadas, bancos de ônibus, colchões de academias e mãos sujas em contato direto com os olhos.
Sintomas e tratamentos
Pacientes com sintomas de conjuntivite, geralmente sentem os olhos lacrimejados, com ardência e vermelhidão, além de irritação à luz do sol. De acordo com o médico, é necessário a visita a um consultório para início do tratamento, pois a doença, se não cuidada a tempo, pode ocasionar uma inflamação secundária chamada teratite, que pode levar o paciente a ter manchas brancas na córnea, fotofobia, aversão à luz e perda da visão.
Para o especialista, não há duvidas que a melhor medida preventiva é a boa higiene, que evita o contato com o vírus. Atitudes como lavar sempre as mãos e nunca coçar os olhos com a mão suja, usar álcool 70% e tomar cuidados com locais públicos são válidas.
Os tratamentos podem variar de acordo com cada diagnóstico, mas geralmente são utilizados antibióticos, antialérgicos, além de limpeza com soros fisiológicos e lubrificantes. Uma das soluções caseiras para quem não pode procurar um oftalmologista de imediato é lavar com água limpa e soro fisiológico. Ele lembra para não utilizar água quente na limpeza. “O ideal é a água pura e fresca”.
Conjuntivite ou tersol?
A conjuntivite afeta a parte branca dos olhos, já o tersol é a inflamação da glândula da pálpebra, que pode ocasionar inchaços tanto na parte superior quanto na inferior. Ela pode ser causada pelo esforço visual, contato com o vírus e até por conta dos hormônios da adolescência que causa espinhas por conta da oleosidade. Neste caso, o recomendável é fazer compressas com água quente e consultar um médico especialista.
