Prudente tem 49 voluntários na função de chefe escoteiro

Ontem, o dia 6 de agosto foi dedicado a eles, que são peça fundamental para o desenvolvimento de uma sociedade; celebração completa 100 anos

VARIEDADES - WEVERSON NASCIMENTO

Data 07/08/2020
Horário 08:00
Weverson Nascimento - Marcelo: “É reafirmar nossa visão humanista da educação”
Weverson Nascimento - Marcelo: “É reafirmar nossa visão humanista da educação”

“Não existe ensino que se compare ao exemplo”, diz o fundador mundial do movimento escoteiro, Baden Powell. Ontem, 6 de agosto, foi comemorado o Dia do Chefe Escoteiro, peça fundamental para o desenvolvimento de uma sociedade, pois é responsabilidade do adulto voluntário dar e ser exemplo para a juventude. Neste ano, a celebração também completa 100 anos, data em que o fundador foi denominado por milhares de jovens, de dezenas de países, como chefe escoteiro do mundo. Em Presidente Prudente, o Grupo Escoteiro Guayporé e o Grupo Escoteiro Monte Carmelo somam 49 voluntários que desempenham esta função. 
Conforme explica o diretor-presidente do Grupo Guayporé, Marcelo Costilho Jorge, as principais atribuições de uma mulher ou homem (chefe escoteiro), está pautada no planejamento, execução e avaliação do método escoteiro definido pela UEB (União dos Escoteiros do Brasil), com foco na educação para a vida. “Entendemos que educar para a vida é reafirmar nossa visão humanista da educação, que compreende o ser humano com sua enorme complexidade, e propõe o desenvolvimento e a utilização de todo o potencial das pessoas, para que vivam uma vida mais saudável, plena e feliz”. 
Esta proposta, no entanto, busca ajudar os integrantes para que sejam capazes de interferir nas questões determinantes da saúde e bem-estar, e participar de modo criativo e ativo na construção de uma sociedade mais justa, solidária, equitativa e fraterna. Desta forma, todos os chefes escoteiros têm conhecimento desse compromisso e agem no sentido de educar para vida, explica Costilho. “Todos realizam trabalho voluntário dedicando parte de seu tempo para desenvolver o método escoteiro, que é o aprender fazendo. Eles não medem esforços para cumprir com essa missão”, afirma. 

“NOS DEDICAMOS COM TODO AMOR AOS FILHOS DOS OUTROS. VIVEMOS E PROPORCIONAMOS MOMENTOS DE AVENTURA, DESENVOLVIMENTO AFETIVO, FÍSICO, COGNITIVO, ENTRE OUTROS. ENSINAMOS E APRENDEMOS COM OS JOVENS”
Vilma Castro

Em complemento, a diretora do Grupo de Escoteiro Monte Carmelo, Vilma Castro, diz que além de ser um movimento de educação não formal, trabalham o indivíduo como um todo, principalmente, a formação de seu caráter, levando o jovem a ser protagonista de sua formação. “O papel do escotista vai muito além, pois nos dedicamos com todo amor aos filhos dos outros. Vivemos e proporcionamos momentos de aventura, desenvolvimento afetivo, físico, cognitivo, entre outros. Ensinamos e aprendemos com os jovens”, frisa.

Construir um mundo melhor

A missão do escotismo, segundo a UEB, é contribuir para a educação de jovens, por um meio de sistema de valores baseado na promessa e na lei escoteira, para ajudar a construir um mundo melhor, onde as pessoas se realizem como indivíduos e desempenhem um papel construtivo na sociedade. O propósito do movimento escoteiro, portanto, visa contribuir para que os jovens assumam o seu próprio desenvolvimento, especialmente do caráter, ajudando-os a realizar suas plenas potencialidades físicas, intelectuais, sociais, afetivas e espirituais, como cidadãos responsáveis, participantes e úteis em suas comunidades. 
Segundo a diretora do Grupo Escoteiro Monte Carmelo, para se tornar chefe escoteiro o adulto precisa, acima de tudo, de força de vontade, reconhecer e assumir para si os valores contidos na promessa escoteira, ter disponibilidade de tempo, ser comprometido com a sua formação escoteira, isto é, participar dos cursos para adultos fornecidos pela instituição. Neste mesmo sentido, o diretor-presidente do Grupo Escoteiro Guayporé acrescenta que para ser um chefe escoteiro, é necessário ter mais de 18 anos e, principalmente, um espírito voluntário. “Após a chegada a um grupo escoteiro, o adulto recebe suas primeiras orientações para essa caminhada”, explica. 
O centenário em comemoração ao Dia do Chefe Escoteiro (data em que Baden Powell foi denominado chefe escoteiro do mundo), segundo Marcelo, faz refletir sobre a missão como agentes de transformação social. Na atual situação de pandemia, diz que todas as crianças e jovens sentem os efeitos, tanto pelo seus pais e familiares, quanto pelo distanciamento dos amigos e dos parentes. “Nesse momento nós temos uma grande missão que é mantê-los conectados conosco, mesmo via internet, para que possamos dar continuidade nas progressões dos lobinhos (as), escoteiros (as), sênior, guias, pioneiros (as) e a todos os integrantes do grupo”.

 


 

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