Aproximadamente 550 pessoas passaram durante o dia de ontem pelo Teatro Universitário César Cava, em Presidente Prudente, em palestras que fazem parte da 6ª Semana Municipal do Idoso, que segue até sexta-feira. Durante o 22º Fórum do Idoso: “Os desafios de envelhecer no século 21: Políticas públicas e atenção à saúde”, pela manhã, o bate-papo foi voltado à terceira idade, com instruções, por exemplo, sobre os perigos do uso inadequado de medicamentos e, já pela tarde, profissionais da área da saúde e representantes de casas de repousos assistiram a palestras sobre os desafios do envelhecimento no século 21. “O tratamento aos idosos é diferente e queremos fazer uma quebra de paradigmas”, afirma a docente da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista) e presidente do Conselho Municipal do Idoso, Larissa Sapucaia Esteves. No encontro, foi divulgado ainda que Prudente conta com 800 idosos ativos em grupos de convivência em diversos setores, bem como a presença de 14 instituições de longa permanência na cidade.
O 22º Fórum do Idoso teve início ainda pela manhã, no César Cava, e contou às 9h com a palestra “Políticas públicas para a pessoa idosa”, com a médica Giovana Devito dos Santos. Já às 10h30, foi o especialista Edgar Nunes de Moraes quem recebeu o público para uma roda de conversa sobre o perigo do uso inadequado de medicamentos em idosos. Cerca de 350 pessoas passaram pelo local no período. Já pela tarde, às 14h, o professor da Unoeste e médico geriatra, José Eduardo Soares Pinheiro, ministrou uma oficina teórico-prática sobre o reconhecimento do idoso frágil na atenção primária, seguida, às 16h, por uma palestra também sobre o uso irracional dos medicamentos.
“Durante a manhã, a intenção foi mais de falar sobre a garantia de direitos aos idosos, já que eles estavam presentes. Durante a tarde, no entanto, era a equipe técnica o público-alvo, já que foi usada uma linguagem mais profissional e voltada, por exemplo, aos médicos, enfermeiros, farmacêuticos e pessoas que poderão se capacitar para o olhar diferenciado ao envelhecimento”, comenta Larissa. Questionada sobre a importância da ação, a docente ressalta que é preciso quebrar paradigmas sobre os idosos, como a fama de que são queixosos, e mostrar que o tratamento diferenciado é fundamental. Além disso, ressaltou a importância de que os profissionais presentes valorizem as experiências da terceira idade. Cerca de 200 pessoas estiveram no teatro pela tarde.
Já sobre os desafios do envelhecimento no século 21, tema do fórum, Larissa ressalta que o maior deles é manter a autonomia da terceira idade, por mais tempo possível, e mantê-los participantes das políticas públicas. “Penso, ainda, que falta muito para a gente mudar a cultura social e que todos entendam que a participação familiar é um ponto determinante na terceira idade”. Por fim, ela lembra que a cidade conta atualmente com 800 idosos ativos em grupos de convivência, e lembra que entre os sonhos para a categoria está, por exemplo, políticas de inclusão e frentes de trabalhos para a população idosa. “São 800 pessoas que não estão paradas e que podem colaborar”.
Informação nunca é demais
A médica clínica geral, Cristiane Velasques Lopes, esteve presente no evento e afirmou ver importância na ação, já que 70% dos seus atendimentos informais são para o público com mais de 60 anos. “Isso acaba sendo uma atualização e uma forma de ver esse paciente com outro olhar e, assim, dar a ele uma oferta melhor no atendimento e com mais qualidade”.
Já a técnica de referência da Vila Dignidade, Elisângela Fermiano Biscola, esclarece que esteve presente na palestra por trabalhar diretamente com 28 idosos na unidade, o que fomenta a ideia dos funcionários de querer promover melhor qualidade de vida a todos. “Essa é a nossa realidade e precisamos fazer com que eles continuem realizando suas atividades e com autonomias”. Por fim, ela lembra que conhecimento e informações nunca são demais, o que possibilitam colocar em prática o que foi visto.
