Segue até este domingo (8) a programação da Semana Nacional da Vida, iniciativa idealizada pela Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família. Como explica o médico prudentino Talmir Rodrigues, que é o coordenador da Comissão Diocesana em Defesa da Vida, da Diocese de Presidente Prudente, o objetivo desta semana, que em todo o país é a defesa da vida desde a fecundação até o declínio natural da pessoa, e da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), a colocando na primeira semana de outubro, bem como o dia 8, o dia do nascituro, com o propósito de que com a proximidade do Dia da Criança, 12 de outubro, e da criança já nascida, pudesse ser feita a festa no dia do nascituro e em alguns lugares a Marcha pela Vida no dia do nascituro.
“Então, o propósito foi, da mesma maneira que nós celebramos a vida, o dia da criança nascida, no dia 12 de outubro, inclusive Dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, então, por que não também festejarmos a criança ainda não nascida no ventre materno?”, explica Talmir sobre como foi estipulado o dia 8 de outubro, e cada vez mais por todo o Brasil está sendo consolidada essa data.
Conforme o coordenador, neste ano muitas cidades iniciaram com a Marcha pela Vida, evento que em Prudente já está em sua terceira edição, que neste se dá no encerramento da semana no dia 8 (veja programação). “Queremos atingir toda a sociedade! Além das comunidades católicas, tentamos atingir os evangélicos, espíritas, ou seja, todo o povo de Deus, em suma!”, exclama o médico.
Isso porque, de acordo com ele, a defesa do ser humano deve ser completa, independente de religião, sem exceção, discriminação, enfim, o público em geral deve se unir em um único propósito, conforme o coordenador.
Ele exalta que, obviamente, aproveitam para explorar o que já é estipulado dentro do setor Vida e Família, que é trabalhar o pré-matrimonial, o pós-matrimonial e as situações especiais. E também trabalhar com movimentos pastorais, serviços e institutos.
E, com isso, Talmir expõe que abrangem um grupo muito grande. Indagando, por exemplo, qual é a defesa que a Pastoral da Criança faz da vida? Qual a defesa que a Pastoral do Idoso, da Saúde, da Juventude, da Sobriedade, Carcerária, e assim por diante fazem?
“É uma defesa muito ampla. Um dos exemplos é baseado em Mateus, capítulo 25, ‘tudo o que fizeres ao menor dos meus, a mil fazes’. Essas são situações diferentes que citamos”, salienta.
E a abordagem deste ano, segundo ele, já está, inclusive, junto com a Hora da Família, a Hora da Vida, cujo tema é “Adoção, amor com laços do coração”. “Isso foi uma iniciativa muito interessante, porque a Semana da Família é desenvolvida na primeira semana de agosto e quando está para terminar, já tem que preparar a Semana da Vida. Então, trabalhamos nessa alternativa da pessoa, ao invés de abortar, para colocar voluntariamente a sua criança para ser adotada, uma entrega voluntária”, denota o médico complementando que isso, mediante os órgãos competentes, é possível.
Talmir explana que a abordagem também se dá trabalhando como é sugerido no Evangelho da Vida, no documento do papa João Paulo II, “A defesa da vida desde a fecundação até a morte natural”, passando por diversos estágios, e trabalhando também a questão pós-discriminação do aborto, a possibilidade de discriminar também a eutanásia, o suicídio assistido, o próprio infanticídio.
“Queremos trabalhar nessas abordagens, no sentido de que a alternativa é a proteção da vida, independente da limitação que ela é, independente se o ser humano produz ou não produz, ele é um ser relacional desde o primeiro dia de vida, até o seu declínio natural”, acentua.
A programação deste ano, em Prudente, começou no dia 30 de setembro pela manhã, com o bispo dom Benedito Gonçalves dos SantosBenedito Gonçalves dos Santos, com os seminaristas do Centro Diocesano. Talmir explica que pelo fato de que depois que se ordenam padres, eles encontram muitos conflitos nos confessionários, como dificuldades ligadas ao distúrbio da sexualidade, desordens conjugais, depressão, tentativas de suicídio, tentativas de homicídio.
“Com o sofrimento que existe por parte de muitas mulheres, e até de homens, que estiveram coniventes com o aborto do próprio filho, ocorre a síndrome pós-aborto, e queremos demonstrar que Deus Pai, que é amoroso e misericordioso, acolhe a todos, mesmo essas pessoas que já praticaram o aborto. São filhos de Deus, e que acabam reconhecendo o erro, muitas vezes, e sofrendo luto, e com isso também partindo da missão para evangelizar e ajudar essas outras pessoas a não fazerem o mesmo”, enfatiza o médico e coordenador da Comissão Diocesana em Defesa da Vida, da Diocese de Presidente Prudente.
Foto: Cedida
Marcha pela Vida realizada em 2022
