Prudentinos focam no Brasileiro de jiu-jitsu

Na última semana, oito atletas que compõem a equipe Almeida JJ foram bem e garantiram medalhas no Sul-Americano da modalidade

Esportes - THIAGO MORELLO

Data 23/04/2019
Horário 05:36
Cedida/Henrique Ramos - Irmãos Yuri e Ygor também garantiram medalhas no Sul-Americano
Cedida/Henrique Ramos - Irmãos Yuri e Ygor também garantiram medalhas no Sul-Americano

O Campeonato Brasileiro de Jiu-jitsu 2019 da CBJJ (Confederação Brasileira de Jiu-jitsu) já tem data e local confirmados e, na região, o que não faltam são atletas dedicados a se saírem bem na competição. Esse pelo menos é o caso da equipe Almeida Jiu-jitsu, de Presidente Prudente, que mal conseguiu bons resultados na última semana e já está com o foco total para o torneio.

Considerada uma das equipes mais forte do Estado de São Paulo, a Almeida Jiu-jitsu tem representatividade regional, com sede em Presidente Prudente, composta por cerca de 200 atletas - de crianças a adultos. O professor de equipe, Henrique Ramos, detalha que apesar de ser uma formação nova, os esforços de todo o grupo têm sido “grandes” e, “não será diferente para o Brasileiro”. “Mais difícil que essa competição, somente o Mundial nos Estados Unidos”, também garante o técnico.

E para um bom desempenho, eles realizam treinos semanais, que focam não só na parte física, mas também técnica do esporte, como explica o professor. Mas além dos treinos, os resultados positivos ao longo do caminho também servem como combustível. E aproveitando a metáfora, eles foram abastecidos na última semana, quando competiram pelo Sul-Americano da modalidade em Mato Grosso Sul. Com 100% de aproveitamento, os oito competidores que foram até lá voltaram para casa com medalhas.

“É a primeira vez que participamos. E, na verdade, a competição nem estava no nosso radar, pois treinamos conforme a prioridade do nosso calendário de competições. Mas ele apareceu e os resultados foram mais que positivos. Digamos que serviu como uma pré-temporada, entre um campeonato e outro”, completa Henrique.

Especificamente, os resultados foram os seguintes: Luiz Eduardo Oliveira, categoria pesado e faixa roxa, campeão; César Merigio, categoria pesado e faixa preta, campeão; Adriano Toledo Xavier, categoria pesado e faixa marrom, vice-campeão; Amauri Cesar de Barros, categoria pesadíssimo e faixa azul, campeão; Yuri Santos Barros, super-pesado e faixa cinza, terceiro lugar; Ygor Santos Barros, pesado e faixa cinza, campeão; e Iara Anai, categoria pesado e faixa azul, campeã.

Dificuldades

Mas para conseguir bons resultado há também muito trabalho, que sempre vem acompanhado de dificuldades. E assim como qualquer atleta, segundo o professor, a maior problemática na equipe vem com a questão de patrocínios. “Aliado a isso, a gente ainda lida com o fato de não ser um esporte olímpico”, lamenta.

A equipe tem na bagagem vários títulos, ainda de acordo com o Henrique, sendo assim, enxerga as condições que o grupo tem em representar bem a região. “É dificultoso, mas tem pessoas que possuem condições de ajudar. Talvez não conheçam o poder transformador de auxiliar na formação do caráter de crianças e jovens que o esporte tem”, pontua. Enquanto isso, para arcar com os custos, a Almeida Jiu-jitsu promove a realização de rifas como uma forma de ajudar nos gastos, que conforme o professor, são maiores quando o assunto é o transporte dos atletas.

Esporte inclusivo

“Há muito preconceito das pessoas ao julgar que o jiu-jitsu é um esporte destinado às pessoas fortes. E uma das nossas ideias é mudar isso”. O depoimento do professor, de acordo com ele, vem junto com a ideia da academia de tentar desmistificar. Isso porque, como explica Henrique, a modalidade na verdade foi criada para favorecer as pessoas menos favorecidas fisicamente. “Tem treino para iniciante, médio, avançado e até a nível de competição. É esporte inclusivo. Ele é sim para todos”, finaliza.

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