“Ei menino, o que você vai ser quando crescer?” Ei menina, não vai estudar não? Íiii, essa daí só quer pensar em internet”. “Internet não é bom para você, minha filha!” Os dizeres e as cobranças do que cada um será quando “crescer” começa desde pequeninos. A frustração pessoal dos pais faz uma soma bem pesada no processo de crescimento de uma criança.
Há exatos 47 anos, um músico muito famoso chamado Raul Seixas em um dos seus álbuns mais emblemáticos, “Há 10 Mil Anos Atrás” de 1976, escreveu a faixa: “Quando Você Crescer”. De conotação simples e objetiva, traz à letra um cotidiano muito diferente de anos atrás, mas que, em seu contexto a cobrança de sermos “alguém”. Há quem diz que a letra mostra o conformismo na vida de todo brasileiro. Mesmo com o passar do tempo, a letra e melodia juntam-se num legado familiar muito atual: “O que é que você vai ser quando você crescer?”.
A transição do ensino médio para um próximo estágio da vida é um momento crucial na jornada dos estudantes do ensino médio. Uma delas é a grande pressão de qual escolha profissional seguir. Incertezas e questionamentos afloram no seio familiar sempre acompanhado de: “ainda não sabe?”.
Segundo o levantamento 'Education at Glance' da OCDE (Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico), apenas 21% dos jovens brasileiros na faixa etária de 25 a 34 anos conseguiram concluir o ensino superior. Porém, pesquisa mostra também que no contexto brasileiro, a taxa de emprego varia conforme o nível de educação alcançado: para aqueles que concluíram o ensino fundamental, a taxa é de 59%; com o ensino médio, esse índice aumenta para 72%, enquanto a graduação eleva ainda mais a taxa, chegando a 83%.
Já que fora citada internet, está aí um bom #TBT de quinta-feira. Na última semana, entre os dias 18 a 22 de setembro, a Unoeste (Universidade todo Oeste Paulista) ofertou ao alunos do ensino médio a maior Feira de Profissões de todo o oeste paulista. De maneira gratuita, a feira contou com profissionais inseridos na profissão, estandes completos e trouxe oficinas em que os alunos, do ensino médio, experimentassem mais de 60 profissões.
Eventos assim ajudam jovens que ainda não possuem um profundo conhecimento do mercado de trabalho e, consequentemente, se sentem inseguros ao tomar decisões que afetarão diretamente seus futuros profissionais. Como bem diz a música: “Sentindo o apoio dos pais achando que não está, só”. Mas, já que experimentaram, agora é só escolher, e logicamente, “crescer”.
