Questão fundiária é prioritária para retomada do crescimento da região

EDITORIAL -

Data 27/03/2019
Horário 04:02

Historicamente, todos conhecem a desordem pela qual a 10ª RA (Região Administrativa) do Estado de São Paulo foi ocupada. Com abundância de madeira por conta de sua vegetação original da Mata Atlântica, a região foi invadida no início do século passado, por pessoas interessadas na extração do produto. Não atoa, um século depois, o que era mata virou cidades, estradas, pastos, plantações, latifúndios, e o que antes pertencia única e exclusivamente ao Estado, foi parar na mão de posseiros, grileiros, e a instabilidade tomou conta da região, sobretudo do Pontal do Paranapanema.

O que antes era expectativa de crescimento, o cenário trouxe grandes perdas à região de Presidente Prudente ao longo da história. Neste solo se viu nas últimas décadas um dos maiores conflitos com relação à questão da disputa por terras do Brasil. Impasse que se arrasta pelos anos e, como afirmou ontem o prudentino, vice-ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e titular da Secretaria Especial de Assuntos Fundiários, Luiz Antônio Nabhan Garcia, em entrevista a O Imparcial, “cria uma insegurança jurídica muito grande”.

A situação é tão séria, que Nabhan credita o fato de a região figurar como a segunda mais pobre do Estado de São Paulo à questão da insegurança fundiária, que trava os potenciais investimentos. Razão pela qual ele se comprometeu a agendar uma reunião com a Fundação Itesp (Instituto de Terras do Estado de São Paulo) para a promoção de uma aliança, que na opinião dele, pode colocar “fim ao imbróglio da questão fundiária da região”.

Não temos mais detalhes de como isso poderá ser feito, tampouco quanto tempo essa regularização pode durar, contudo o que se espera é que políticas efetivas sejam empregadas por parte das esferas federal e estadual neste sentido. De fato já é um alívio saber que algo neste âmbito está sendo considerado, agora que realmente seja discutido e empregado. A retomada do crescimento e do desenvolvimento da região depende disso.

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