Rebanho de bovinos da região é o maior do Estado

Na comparação com a última colocada, a diferença é de 1.946.069, já que a Baixada Santista não possui mais do que 1.204 animais em seu rebanho.

REGIÃO - Elaine Soares

Data 24/06/2014
Horário 07:35
 

Com 1.947.273 cabeças de gado, a região de Presidente Prudente tem o maior rebanho bovino do Estado de São Paulo, segundo dados divulgados pelo IEA (Instituto de Economia Agrícola). A quantidade de animais da referida natureza pertencente à regional equivale a 19,7% do total de 9.841.834 presentes em território paulista. Os números referem-se a 2013, contudo, apesar de um recuo de 2,9%, a 10ª RA (Região Administrativa) do Estado - composta por 53 municípios - esteve na mesma posição em 2012, quando contabilizou 2.006.149 cabeças, ou seja, 18% dos bovinos do Estado. Em âmbito estadual houve queda de 11% de um ano para o outro. Na pesquisa, o instituto considera gado para corte, para leite e misto.

No topo da lista, a regional de Prudente tem 507.807 cabeças a mais do que a de São José de Rio Preto, segunda colocada no ranking composto por 15 regionais. Na comparação com a última colocada, a diferença é de 1.946.069, já que a Baixada Santista não possui mais do que 1.204 animais em seu rebanho.

O gado para corte é maioria na RA de Prudente e soma 1.176.945 unidades, o correspondente a 60% do total. Em seguida figuram os mistos - bons para a produção de carne e leite -, cujo rebanho é de 577.267 e 193.061 cabeças compõem o gado para leite.  No Estado, o cenário é o mesmo com o gado de corte representando 61% do todo. São 5.421.835, outros 3.230.967 misto e 1.189.032 leiteiras.

Jornal O Imparcial Em 2013, 10ª Região Administrativa do Estado registrou 1.947.273 cabeças de gado

A sede da regional fechou o ano abrigando 53,5 mil bovinos e ficou atrás de municípios como Mirante do Paranapanema (118.800) e Rancharia (120.890).

 

UDR


Quanto aos números, Luiz Antonio Nabhan Garcia, presidente da UDR (União Democrática Ruralista), explica que eles retratam um comportamento já observado há alguns anos na região que ele frisa, "é a segunda mais pobre do Estado, perdendo apenas para o Vale do Ribeira". Comenta que as regionais mais desenvolvidas deixaram "cedo" a pecuária para investir em outras culturas, como a da cana-de-açúcar ou soja. "A região de Araçatuba, por exemplo, que era conhecida como a capital do boi, hoje está focada no setor sucroalcooleiro", comenta. De fato, em 2000, a RA citada por Garcia apresentou rebanho de 1.851.916 animais. No ano passado, foram registrados 1.139.663 cabeças, uma queda de 38% que coloca a região de Araçatuba na quarta posição do Estado.

O presidente ainda cita que uma crise que assola as usinas e fazem o setor sucroalcooleiro recuar, também fez fortalecer a pecuária na região de Prudente, já que a insegurança manteve ou trouxe os pecuaristas de volta à atividade. "Criar gado deixou de ser um péssimo negócio. De forma geral, a pecuária sempre gerou muita liquidez na comercialização. Não interessa se o boi está em alta ou em baixa, em qualquer tempo ele tem saída. Ainda mais com esse reajuste na arroba que tivemos recentemente, o setor saiu do buraco negro", diz.
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