Reconstituição aponta inconsistência nas alegações de mandante

Ação da Polícia Civil de Presidente Venceslau contou com a presença do empresário de 45 anos acusado de mandar matar o advogado Nilson Aparecido Carreira

REGIÃO - Da Redação

Data 21/06/2018
Horário 16:01
Cedida/Polícia Civil - Trabalhos tiveram início na noite de quarta-feira (20) e se estenderam durante a madrugada desta quinta-feira (21)
Cedida/Polícia Civil - Trabalhos tiveram início na noite de quarta-feira (20) e se estenderam durante a madrugada desta quinta-feira (21)

A Polícia Civil, juntamente com a Polícia Científica, realizou a reconstituição do homicídio que vitimou o advogado Nilson Aparecido Carreira Mônico, 60 anos, na manhã do dia 13 de junho. A ação contou com a presença do empresário de 45 anos preso na última segunda-feira (18), em São Bernardo do Campo (SP), acusado de ser o mandante do assassinato. A suspeita é que o empresário tenha mandado matar o advogado após a penhora de um apartamento seu no Guarujá (SP), no valor de R$ 1,5 milhão, por conta de uma ação ajuizada contra ele na Justiça.

Os trabalhos tiveram início na noite de quarta-feira (20) e se estenderam durante a madrugada desta quinta-feira (21). A Polícia Civil não revelou detalhes e agora o delegado Everson Aparecido Contelli deve utilizar os exames decorrentes deste meio de prova para finalizar a demonstração à Justiça de como os fatos aconteceram.

Segundo nota da Polícia Civil, a reprodução simulada com a participação dos autores da infração penal não é obrigatória, frente ao instituto da impossibilidade de se exigir que o indiciado faça prova contra si mesmo. Contudo, na avaliação preliminar, o delegado do inquérito policial “verificou inconsistência nas alegações do mandante pela incompatibilidade com a realidade fática”.

Por se tratar de um direito pessoal do indiciado em buscar mecanismos de defesa, o resultado do laudo a ser emitido pelo Núcleo de Perícias Criminalísticas da Polícia Civil será incluído ao inquérito, juntamente com as demais reconstituições realizadas (testemunhas, por exemplo). Com isso, o Ministério Público, como titular da ação penal, e a defesa, poderão formar suas convicções. Os trabalhos foram acompanhados por dez policiais civis, quatro policiais técnicos científicos, em quatro viaturas.

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