Em Presidente Prudente, 86% das multas aplicadas durante fiscalizações da Lei Seca são por recusa ao teste do bafômetro. Segundo o diretor do Detran-SP (Departamento Estadual de Trânsito) de São Paulo, Ernesto Mascellani Neto, durante a pandemia foi preciso diminuir as fiscalizações. Agora, esse número alto se dá devido a vários fatores, primeiro “a certeza do cidadão à impunidade”. Segundo ponto que as pessoas acham que o acidente nunca vai acontecer com elas. Mas, o diretor garante que não é bem assim.
“Uma pessoa que se coloca em situação de acidente e está alcoolizada, tem quatro vezes mais chances de óbito naquele acidente. Então, potencializa o óbito e o número de acidentes. Desta forma, o Detran, junto com as polícias Civil e Militar, está intensificando as fiscalizações em todo o Estado. Em todas as nossas superintendências. Pedimos aos cidadãos o óbvio: Se beber, não dirija”, acentua o diretor do Detran-SP.
Vale lembrar que no mês passado foi retomada a ODSI (Operação Direção Segura Integrada), ação realizada pelo Detran-SP, Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Técnico-Científica para a prevenção e redução de acidentes e mortes no trânsito. No primeiro mês da operação, de 376 multas aplicadas no Estado, 296 foram por recusa ao teste do etilômetro. Ou seja, 78,7% do total das infrações.
O diretor enfatiza que o cidadão tomou uma cervejinha e acha que está tudo certo. E talvez com ele não aconteça nada, mas e se for com a família de alguém, um pai de família, ou ele próprio, com alguém que está alcoolizado e coloca a vida dele em risco? Enfim, conforme Ernesto, o condutor toma uma série de decisões que são individuais ao conduzir o veículo. O acelerar mais ou menos, o passar no sinal vermelho, o beber e dirigir. Agora, as consequências disso podem ser não só para ele, podem ser para a coletividade.
“Podem ser para uma família que está num carro adiante que a hora que ele passou pelo sinal vermelho vai acontecer o acidente e ele vai atingir. A decisão individual reflete no coletivo. Portanto, a lei é cada vez mais dura, as multas são altíssimas, suspensão e cassação de CNH, trabalho arquitetado para que tenham menos situações desse tipo”, destaca Ernesto.
• Entre janeiro e setembro deste ano, 215 multas foram aplicadas em fiscalizações da Lei Seca em Presidente Prudente;
• Deste total, 186 foram por recusa ao teste do etilômetro, o que corresponde a 86% do total das infrações;
• O motorista que for flagrado alcoolizado ou que se recusar a fazer o teste do bafômetro será multado em R$ 2.934,70;
• No caso de reincidência no período de 12 meses, a pena será aplicada em dobro, ou seja, R$ 5.869,40, além da cassação da CNH.
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