A região de Presidente Prudente contabiliza 140 casos de estupro neste ano. Entre janeiro e agosto, o mês com o maior registro da ocorrência foi março, com 26 casos, seguido por junho, com 21. Os dados foram divulgados anteontem pela SSP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo).

De acordo com Walmir Geralde, diretor do Deinter 8 (Departamento de Polícia Judiciária São Paulo Interior 8), existe um aumento no número de denúncias, mas não há crescimento significativo das ocorrências. "Atualmente, as pessoas estão mais estimuladas a denunciar. Ao contrário de alguns anos, quando as vítimas eram mais temerosas. Além disso, as redes de proteção à mulher têm promovido cada vez mais fortes campanhas de incentivo à denúncia, e isso tem surtido efeitos", comenta.

Walmir Geralde: "Antigamente as vítimas eram mais temerosas"

A maior parte dos casos envolve pessoas ligadas à família, ou alguém próximo, como vizinho. "Os crimes são cometidos por padrastos, pais, tios, primos, sempre por uma figura bem conhecida da vítima. O número de estupro clássico, aquele que a vítima é rendida por um desconhecido que foge depois do ato, é pequeno se comparado com os demais", explica.

Outro fator é que não precisa haver conjunção carnal para ser considerado estupro. "Basta que a pessoa force uma situação com a outra, como a passar a mão nas partes íntimas ou tentar beijar a contra-gosto do outro, que já é considerado estupro", declara. Os casos de estupro também têm grande índice de identificação e prisão dos autores.

 

Furtos e demais crimes

Ainda de acordo com o balanço da SSP, a região conta com 8.048 registros de inquéritos policiais entre janeiro e agosto deste ano, 5.409 furtos, 350 furtos de veículos, 3.656 prisões, dentre elas, 2.145 em flagrante, 898 casos de tráfico de drogas e 252 armas de fogo apreendidas.