A região de Presidente Prudente possui 49 leitos por meio do SUS (Sistema Único de Saúde) para UTI (Unidade de Terapia Intensiva) adulta e está em conformidade com o preconizado pela portaria federal que estabelece os parâmetros assistenciais no âmbito do sistema, informa o DRS-11 (Departamento Regional de Saúde).
Com relação aos procedimentos adotados por hospitais de referência nesses casos, o HR (Hospital Regional) Doutor Domingos Leonardo Cerávolo, em Prudente, informa que o paciente é submetido ao sistema Cross (Central de Regulação e Ofertas de Serviços de Saúde) para atendimentos de encaminhamento de outras unidades, podendo, inclusive, receber a denominada “vaga zero” (veja o saiba mais), se for a referência primária para o caso. “Hoje [segunda], o hospital está em condições de receber pacientes emergenciais – desde que haja estabilidade clínica para transferência – e, frisamos ainda que a unidade realiza constantemente a verificação de suas condições de recebimento e atendimento dos assistidos”, expõe.
Já a Santa Casa de Misericórdia, também na segunda-feira, informou que continua sem vagas na UTI e emergências e ressaltou que a situação já foi comunicada à Central de Regulação e Ofertas de Serviços de Saúde.
Reunião no Legislativo
Diante da falta de leitos disponíveis para o atendimento, a Câmara de Prudente agendou para segunda-feira, às 15h, uma reunião da Frente Parlamentar em Defesa da Saúde, a fim de discutir, junto às autoridades municipais e estaduais de saúde pública, conselhos, órgãos de várias esferas da federação e sociedade civil, a regulação das vagas de semi UTIs e UTIs de Prudente, a qual é atualmente realizada pelo sistema Cross. O encontro foi definido após a aprovação de um requerimento do vereador Demerson Dias (PSB) durante a sessão ordinária de segunda-feira.
Sem atendimento
A possível falta de vagas já foi assunto neste diário. Isso porque, no início de julho, um detento de 34 anos da Penitenciária Tacyan Menezes de Lucena, de Martinópolis, teria supostamente recebido recusa de atendimento na santa casa de Prudente, o que fez com que ele fosse encaminhado ao HR, já que funcionários da unidade teriam dito que “não receberiam o homem e alegaram a existência de uma determinação administrativa da direção do hospital que proíbe a internação de preso”.
A santa casa, na época, se manifestou por meio de nota e informou que não há nenhuma negativa com relação aos detentos. “O escopo é atender toda a população de Presidente Prudente e região sem qualquer distinção ou preconceito dos tipos de pacientes”, comunicou. O hospital ainda disse que oficializou às autoridades locais um comunicado sobre “o alto volume de atendimentos e as constantes incidências de vaga zero nos leitos, para que, desta forma, os órgãos reguladores possam encaminhar para outros hospitais”.
SAIBA MAIS
O instrumento “vaga zero”, normatizado pela Portaria 2048/2002, do Ministério da Saúde, consiste na transferência de pacientes de unidades hospitalares menos complexas para outra mais complexa e equipada, mesmo que esta não apresente vaga.
