Região prundetina registra 7 homicídios em novembro

REGIÃO - THIAGO MORELLO

Data 29/12/2017
Horário 12:02

Os números da criminalidade da região, assim como é feito mensalmente, foram liberados pela SSP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo), e no que tange o pior crime, a situação não foi das melhores, no último mês. A quantidade de homicídios dolosos, aqueles em que há a intenção de matar, saltou de zero para sete, em uma comparação de um mês ao outro, isto é, de outubro para novembro de 2017. Para quem está por trás da resolução e combate aos crimes, a preocupação é grande, em vista de que o problema, muitas vezes, acaba sendo social e não propriamente criminal.

“Os homicídios que ocorreram, em mais de 50% dos casos, são originados pelo desentendimento familiar, como um caso em Adamantina e em Ouro Verde, por exemplo, registrados nos mês passado. Ou seja, não é questão de criminalidade, mas sim reflexos de uma violência social”. Este é o cenário apresentado pelo diretor do Deinter-8 (Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior), delegado Walmir Geralde. Ele também explica à reportagem que os casos também foram causados por brigas entre vizinhos e “acertos de conta”, no qual dois indivíduos se desentendem, “chegam às vias de fato” e o crime ocorre.

O diretor explica que são questões pontuais e não de uma situação alarmante causada por algum surto criminal. “Fica difícil a gente dizer o que realmente motiva uma situação como essa e em que período isso vai ocorrer, em vista de que diz respeito à natureza social”, completa. Assim como o armamento utilizado, uma vez que 3 dos 7 casos registrados foram efetuados com o uso de arma de fogo.

Na grande maioria, e isso analisando um ano todo, os crimes são feitos com uso de outros materiais, ainda de acordo com o delegado. “Aé você me pergunta, a população está armada? Não”, aponta. No exemplo deste mesmo mês analisado, um foi feito com lençol - dentro da penitenciária -, outros com facas e atropelamento, como no caso do marido que matou a esposa em Presidente Venceslau. Para ele, não é a arma que justifica a situação, uma vez que “o crime vai ocorrer, independentemente do instrumento, basta a vontade pela violência”, lembra.

E uma violência que não deve ser fomentada, mas que preocupa, por ocorrer dentro de casa, onde a polícia não pode atuar 100%. Em suma, o diretor lembra que, apesar de tudo, a região é boa em seus índices criminais, atravessa uma década de redução e tem sempre conquistado mais segurança, dia após dia. “São números em declínio e aceitáveis, em comparação a outros Estados e regiões”, expõe.

O delegado também lembra que, no ano passado, o mês de outubro houve oito casos de homicídios dolosos e, neste ano, zero, o que explica que o crime não tempo e período para ocorrer, mas a busca é sempre pela redução. “Lembrando que o índice de esclarecimentos dos homicídios é de 100%”, pontua.

 

“O crime vai ocorrer, independentemente do instrumento, basta a vontade pela violência”

Walmir Geralde,

diretor do Deinter-8

 

Números

No comparativo feito no mesmo período, de outubro para novembro deste ano, outros índices demonstraram aumento (veja tabela), como as ocorrências de roubo, sendo de 25 para 27, e de furtos, de 635 para 649. Contudo, por outro lado, os casos de estupros caíram de 20 para 13 e de roubo de veículos de 2 para 1.

 

INDICADORES CRIMINAIS

CRIME

Jan a nov 2016

Jan a nov 2017

Novembro de 2016

Novembro de 2017

Outubro de 2017

Homicídio

43

43

2

7

0

Tentativa de homicídio

79

55

6

5

5

Latrocínio

0

3

0

0

0

Estupro

190

182

14

13

20

Roubo

489

388

38

27

25

Roubo de veículos

26

19

6

1

2

Furto

7.584

7.298

707

649

635

Furto de veículos

489

507

42

40

42

Fonte: Secretaria de Segurança Pública

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