Com o objetivo de fazer uma radiografia completa da gestão fiscal dos municípios e avaliar a situação administrativa de cada um deles, o IFGF (Índice Firjan de Gestão Fiscal) de 2017, com ano base de 2016, e divulgado neste mês, listou cinco cidades da região com “boa gestão fiscal”. Adamantina, Anhumas, Osvaldo Cruz, Presidente Epitácio e Presidente Prudente estão com as notas entre as pontuações de 0,6 e 0,8, no qual ficam as avaliações positivas, abaixo apenas das “gestões excelentes”. Diferente do ano passado, quando somente a capital da Alta Sorocabana estava com um bom índice, o estudo, feito pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, demonstra uma recuperação financeira por parte das administrações municipais, mesmo em meio à crise. O número de municípios em situação “crítica” também diminuiu, se comparado com o ano passado.
Para que o levantamento e análise sejam feitos, o IFGF leva em conta cinco critérios: receita própria, gastos com pessoal, investimentos, liquidez e custo da dívida. O modo como a leitura dos resultados é feita vai pontuar as prefeituras de 0 a 1. Superior a 0,8 estão as gestões julgadas como “excelentes”, de 0,6 a 0,8 está a “boa gestão”, enquanto de 0,4 a 0,6 operam as gestões “em dificuldades” e, por fim, abaixo de 0,4, já é uma gestão “crítica”.
No ano passado, a situação crítica foi percebida em 21 municípios da região, conforme o levantamento. Já neste ano, 15 foram verificadas com notas inferiores a 0,4. Em meio à recuperação regional, há também o caso de cidades que pularam de um estado “em dificuldade”, direto para uma “boa gestão”.
É o caso de Anhumas. Em 2016, o município recebeu a pontuação de 0,4490, tendo a liquidez – um dos pontos avaliados - com nota 0. Já este ano, em 5º lugar na região e 61º no Estado, a cidade pontuou 0,6044 no geral e elevou a liquidez municipal para 0,7483, sendo até mesmo a melhor do entorno. O chefe de gabinete da Prefeitura e secretário de Administração, Robson Mariano, conta que os investimentos na infraestrutura do governo anterior ajudaram na situação atual. “Fez com que motivássemos a manter a qualidade da gestão. Hoje, até mesmo, conseguimos manter a folha de pagamento em dia, o que não era uma realidade e que não se replica em outras cidades da região. É uma manutenção do bom desempenho”.
E por falar em manter uma boa gestão, é o que move o pensamento do prefeito de Osvaldo Cruz, Edmar Carlos Mazucato (PSDB). Caracterizado como o segundo melhor desempenho da região, com 0,6174, o município, de acordo com o chefe do Executivo, nunca teve tão bem financeiramente. “A gente sempre se preocupa com os índices, o que acaba influenciando no modo como trabalhamos. É um resultado somado por todo o empenho dos servidores. Pra que isso aconteça, sempre mantemos os investimentos nas áreas corretas e um cuidado na fiscalização e cobrança de impostos, que faz com que reflita na arrecadação municipal”, explica.
Além disso, Mazucato relata que o município conseguiu diminuir bastante o RH (Recursos Humanos) e vem administrando de forma equilibrada, sem precatórios. “Poucas dívidas, impostos em dia e investindo com recursos próprios. Mesmo com a crise, estamos sempre trabalhando para manter ótimos índices”, finaliza.
SAIBA MAIS
Baseados nos dados da STN (Secretaria do Tesouro Nacional), o IFGF da região ficou da seguinte forma: Presidente Prudente com 0,7623, Osvaldo Cruz com 0,6174, Presidente Epitácio com 0,6133, Adamantina com 0,6083 e Anhumas com 0,644. Ainda de acordo com a federação, as prefeituras são responsáveis por administrar um quarto da carga tributária brasileira, ou seja, mais de R$ 461 bilhões, um montante que supera o orçamento do setor público da Argentina e do Uruguai juntos.
