Quando vemos nosso cão ou gatinho passando mal, automaticamente queremos ajudá-lo de alguma forma para que melhore rapidamente dos sintomas. É aí que mora o perigo! No desejo de querer amparar o animal, alguns “pais de pets” recorrem para a automedicação, uma prática que não é indicada nem para humanos nem para pets.
O risco é ainda maior quando a opção é por dar remédio de humanos para os animais. “É comum que tutores de pets, na tentativa de aliviar os desconfortos ou dores de seus animais, recorram a medicamentos humanos como ácido acetilsalicílico [Aspirina], paracetamol, Piroxicam (Feldene e Inflamene), diclofenaco sódico (Voltaren), diclofenaco potássico (Cataflam), Pyridium e ibuprofeno”, afirma a médica-veterinária, Maria Luiza Xavier de Araújo.
Ela explica que a automedicação nunca deve acontecer, pois geralmente os tutores não têm ideia de como ocorre o funcionamento do organismo dos animais domésticos. “Os compostos podem ocasionar desde reações adversas leves, como intoxicações, a danos mais graves, como comprometer o funcionamento de órgãos vitais. Em casos extremos, podem levar à morte”, esclarece.
A veterinária afirma que os sintomas de intoxicação nos pets podem começar brandos e se agravarem com o tempo. Os sinais clínicos geralmente envolvidos na intoxicação são vômitos, tremores, salivação excessiva, falta de apetite, dores abdominais, apatia, diarreia e convulsão. “Quando há suspeita de intoxicação, deve-se buscar atendimento veterinário o mais rápido possível. O tratamento para cada tipo de intoxicação é específico e precisa de atendimento profissional”, alerta.
No caso de tratamento de dor ou febre em pets, a veterinária ressalta que é necessário consultar um especialista e evitar ao máximo medicar um animal doméstico em casa por conta própria, pois o uso de medicamentos sem a devida prescrição não é benéfico.
Foto: Cedida - Maria Luiza desaconselha medicação de pets sem orientação profissional