Repasse financeiro é principal entrave da Cooperlix

Segundo conselho fiscal da empresa, valor de R$ 19 mil é insuficiente para prestar maior cobertura nos bairros de PP

PRUDENTE - ANDRÉ ESTEVES

Data 09/10/2016
Horário 14:55
 

Dos 450 bairros de Presidente Prudente, conforme dado da Seplan (Secretaria de Planejamento, Desenvolvimento Urbano e Habitação), 215 são contemplados pela coleta seletiva desempenhada pela Cooperlix (Cooperativa de Trabalhadores de Produtos Recicláveis de Presidente Prudente), de acordo com o conselheiro fiscal da empresa, Diego Victor Lopes dos Santos, 23 anos. Segundo ele, a maior dificuldade encontrada pela cooperativa hoje é o repasse financeiro, que gira em torno de R$ 19 mil, "um valor insuficiente para aumentar o quadro de cooperadores, que são 90, e prestar maior cobertura e serviço com qualidade superior aos bairros prudentinos".

Jornal O Imparcial No momento, Cooperlix atua com quadro de 90 cooperados

Para elevar o número de localidades percorridas, seria necessário adquirir mais caminhões. Diego aponta que a Cooperlix atua hoje com cinco veículos e cada um deles tem o seu setor, ou seja, a área de abrangência. "Cada bairro é percorrido uma vez por semana. Normalmente, são coletadas 50 toneladas de recicláveis semanalmente", salienta. O conselheiro fiscal menciona que, quando não há a passagem por algum bairro, a recomendação é que os moradores entrem em contato com a Cooperlix e relatem a reclamação. "Além disso, os caminhões são monitorados pela Prefeitura, que também nos indica quando algum local não está sendo visitado", expõe.

Questionado sobre a possibilidade de aumento de repasse para a cooperativa, o secretário municipal de Meio Ambiente, Wilson Portella, a descartou para este momento. "Por enquanto não há recursos para aumento do valor. Somente na próxima gestão", comunica. Segundo o titular, foi feito um levantamento que concluiu que R$ 19 mil é um valor suficiente para o serviço abranger toda a cidade. "Acredito que é uma quantia muito grande se formos nos basear na arrecadação municipal. Se houvesse mais condições financeiras, poderia haver um maior investimento, como aumento do repasse e adesão de mais caminhões e máquinas, contudo, hoje é impossível", pontua.

 
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