Rescisão entre Iamspe e santa casa de PP preocupa servidores estaduais

Trabalhadores conveniados estudam medidas que possam lhes garantir atendimento médico de qualidade a partir de junho

PRUDENTE - MELLINA DOMINATO

Data 27/04/2017
Horário 11:04
 

Preocupados com a rescisão do contrato entre a Santa Casa de Misericórdia de Presidente Prudente e o Iamspe (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual), trabalhadores conveniados estudam medidas que possam lhes garantir um atendimento médico de qualidade a partir de junho. Isso porque, conforme usuários do convênio, o hospital já vem avisando os servidores que, a partir do dia 31 de maio, deixará de atender pelo acordo. O Iamspe, por meio da Assessoria de Imprensa, declara que "recebeu com estranheza a notificação do hospital, após a recente mudança de provedor, já que os pagamentos estão em dia e é um dos prestadores mais antigos do instituto". Ressalta que pretende se reunir com representantes da instituição nos próximos dias para tratar da continuidade do convênio, que na região atende 14 mil pessoas.

Jornal O Imparcial Usuários dizem que santa casa de Prudente já vem avisando os servidores sobre fim de atendimento em 31 de maio

A informação sobre o encerramento dos atendimentos no dia 31 de maio não é confirmada pela Assessoria de Imprensa da instituição de saúde, a qual afirma que "não se manifesta sobre contrato rescindido". Porém, com o intuito de assegurar os serviços de emergência e internação, entre outros, aos beneficiários, a Apeopesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) revela que um segundo pedido de providências será encaminhado para a Secretaria Estadual de Gestão e uma manifestação será promovida amanhã, em frente ao Ceama (Centro de Atendimento Médico-Ambulatorial) do Iamspe, em Prudente.

O conselheiro estadual de representantes da Apeoesp, Wilian Hugo Correa dos Santos, diz que um requerimento à pasta estadual foi protocolado mês passado, quando o sindicato tomou conhecimento sobre o assunto. No entanto, um novo ofício será encaminhado, já que nenhuma providência foi adotada pelo Estado. "Muitos servidores serão prejudicados. E o professor necessita de um atendimento adequado e humanizado, pelo fato de fazer o desconto em folha de pagamento. Porém, o governo não cumpre com a parte dele, por isso vivemos em um caos na saúde do servidor no Estado", reclama.

O agente penitenciário Everton Correia Estecio, 30 anos, usuário do Iamspe há 11 anos, também diz que a quebra de contrato em relação ao convênio irá prejudicar os servidores, pois, com a impossibilidade de recorrer à santa casa, estes terão que buscar atendimento no HR (Hospital Regional) Doutor Domingos Leonardo Cerávolo, o que deverá sobrecarregar os serviços no local. "O Iamspe já foi cortado em algumas cidades e esses pacientes já recorrem à santa casa de Prudente, sendo assim, os servidores estaduais já sofriam com isto", relata. "Agora, acredito que sobrecarregará, no caso, o Hospital Regional , ou seja, um caos. Ficamos reféns do Iamspe, porque é descontado em folha. Sendo assim, se optarmos por outro convênio, pagaremos, mesmo não utilizando, o Iamspe", frisa.

 

Clima de insegurança

Usuária do Iamspe há 20 anos, a professora Ângela Maria de Souza Ramalho, 54 anos, afirma estar "pasma" ao saber da notícia. "Não tinha conhecimento disso e estou muito preocupada", pontua. Argumentou que pretende procurar a Apeoesp justamente para saber quais medidas poderão ser tomadas para tentar reverter tal situação. Já a oficial administrativo Cilene Maria de Souza, 51 anos, há 15 anos utilizando o convênio, diz que foi avisada sobre o encerramento dos atendimentos no dia 31 de maio, quando esteve na santa casa no dia 17. Procurou então o Ceama para saber detalhes do assunto, quando foi informada sobre negociações para tentativa de reaver o contrato. "Fico preocupada sim, mas acredito em um acordo. Sempre foi assim", comenta.

 

 
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