Rumo vai analisar alternativas que diminuam custos de novo trecho ferroviário

Em videoconferência realizada nesta manhã, empresa se reuniu com a UEPP para esclarecer estudos de viabilidade enviados à entidade em novembro

REGIÃO - DA REDAÇÃO

Data 18/12/2020
Horário 15:26
Foto: Cedida
Videoconferência entre Rumo e UEPP ocorreu na manhã desta sexta-feira
Videoconferência entre Rumo e UEPP ocorreu na manhã desta sexta-feira

Após um mês do envio dos estudos para inserção de novo ramal e VLT (veículo leve sobre trilhos) solicitados pela UEPP (União das Entidades de Presidente Prudente e Região), a concessionária Rumo realizou uma videoconferência na manhã desta sexta-feira para esclarecer alguns pontos do material que foi encaminhado por e-mail em 11 de novembro.

O presidente da Aviesp (Associação das Agências de Viagens do Interior do Estado de São Paulo) em Prudente, Marcos Lucas, questionou a possibilidade de alternativas que diminuam os custos do projeto a fim de dar viabilidade à execução. Em resposta, o diretor comercial Eudis Furtado disse que o time de engenharia se reunirá para estudar nova alternativa, cujo prazo será enviado por e-mail na próxima semana.

No início da reunião, Eudis informou que a construção de novos ramais não é objeto da concessão, o que precisa de uma autorização separada.

O presidente da UEPP, Marcelo Fritschy, disse que a expectativa era por uma reunião de apresentação de projetos alternativos e soluções; que "tanto a UEPP como a sociedade civil já têm a clareza que a intenção da Rumo é apenas ganhar tempo"; que a reunião era simplesmente com o objetivo de cumprimento de TAC [termo de ajustamento de conduta]; e que, desta forma, não há interesse nenhum na participação, visto que todas as demandas de carga existentes já foram comprovadas em reuniões anteriores.

Na sequência, o vice-presidente da UEPP, Itamar Alves Junior, lembrou que quando a Rumo pegou a concessão, já existiam trilhos, que "foram sucateados e abandonados ao longo dos anos, por isso, uma saída seria a inserção de um novo trecho para que a região não fique tão à mercê como está". “Se não for construir a ferrovia, é preciso que cheguemos a um consenso”, frisou Itamar. 

Com a explicação de ser conceitual, a estimativa do projeto foi feita com base na experiência na área de engenharia e está sujeito à alteração. Dentre informações técnicas, o engenheiro da concessionária, Wescley Brito, salientou que, para uma viabilidade do traçado entre Parapuã a Presidente Prudente, é preciso que seja feito em velocidades menores.

De acordo com ele, para a evolução do projeto, é preciso demanda, consulta de órgãos públicos, levantamentos, elaboração do Evetea (Estudo de Viabilidade Técnica e Ambiental) e aprovação do anteprojeto. “Falando em custos, como ainda estamos na fase de viabilidade, é preciso fazer conta do material rodante e capacidade”, disse.

Já sobre os próximos passos de implantação de VLT, o engenheiro informou que é preciso avaliar a demanda, volume de passageiros/dia, horários de operação, vida útil da modalidade, tipo de trem, plano de manutenção, sistema de licenciamento, capex total e viabilidades técnicas, por exemplo. “O valor cambial também influencia”, esclareceu Eudis.

Leia mais

Publicidade

Veja também