Saúde pública é reflexo de uma sociedade desenvolvida

OPINIÃO - Renato Michelis

Data 13/02/2024
Horário 04:30

Longe de sairmos de nossa essência desenvolvimentista, abordar o tema sobre saúde pública é um reflexo direto de uma sociedade evoluída, cujo desenvolvimento econômico e social atinge patamares satisfatórios. Economia e bem-estar social caminham juntos; é impossível atingir um, sem alcançar o outro. 
No último dia 31, estivemos em uma reunião na sede da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) Prudente, que tratou sobre medidas para prevenção da dengue em nossa cidade. Aliás, ficam aqui nossos cumprimentos pela iniciativa de todos os envolvidos na organização do debate, com maior antecedência neste ano. 
Dentre conteúdos, gráficos e números apresentados sobre a alta nos casos da dengue em 2023, tiramos algumas conclusões. As principais formas de combate são informação e conhecimento. Fácil concluir isso, afinal, 80% dos focos de Aedes aegypti (mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika) se encontram dentro das residências da população, ou seja, há falta de cuidados mínimos com a limpeza e drenagem de reservatórios de água parada. 
Além do que, constatamos que nos anos onde houve forte trabalho de divulgação e conscientização, os números de casos foram muito inferiores, se comparados aos anos em que a dengue foi subestimada ou até mesmo esquecida. Passa pelo poder público a responsabilidade pelo combate ao mosquito e assistência médica necessária ao tratamento dos infectados, porém, sem a colaboração de toda comunidade, não haverá condições de se vencer essa batalha. 
Apresentamos três propostas, visando uma conscientização mais efetiva da população. Em primeiro lugar, sugerimos a implementação de multas mais severas para os moradores que negligenciam o descarte inadequado de lixo ou permitem a formação de criadouros do mosquito. 
Por outro lado, seria louvável que o poder público reconhecesse e recompensasse com um selo de mérito aqueles cujas residências estejam livres de focos do vetor, promovendo e incentivando práticas responsáveis. Por fim, somos adeptos à realização de campanhas mais lúdicas aos finais de semana nos diversos bairros da cidade, utilizando avisos sonoros e distribuição de panfletos, a fim de captar eficazmente a atenção da população. 
Além disso, campanhas em jornais, rádios, TVs e mídias sociais, bem como a participação de entidades de classe e da sociedade civil organizada, diretorias de condomínios horizontais; enfim, cada cidadão fazendo a parte que lhe cabe nesta seara contra a dengue.

Publicidade

Veja também