Desde que a Seduc (Secretaria Municipal de Educação) de Presidente Prudente implantou o sistema de georreferenciamento, que visa organizar a situação das crianças em vagas no ensino municipal, foi alvo de reclamações e descontentamento por parte de pais, que apresentaram dúvidas. Portanto, para acolher esta demanda, a secretaria iniciou na manhã de ontem os atendimentos dos responsáveis que, de alguma forma, estão descontentes com o direcionamento na pasta quanto à escola na qual o aluno foi matriculado. Se estendendo até o dia 10 deste mês, serão oferecidos suporte a quatro itens: atualização de endereços, indicação de responsável, casos com filhos em escolas diferentes e transferências de unidades, todos para alunos do ensino fundamental. Só ontem, 208 pais foram atendidos.
E para hoje, 28 senhas já foram entregues para atendimento. Por pouco que a telefonista Elen Machado, 28 anos, não foi a de número 29. Ela conta à reportagem que quando chegou de tarde para ser atendida, as senhas para atendimento no dia já tinham sido cessadas, no entanto, conseguiu de um desistente. No caso dela, como ela mesma disse, “o problema é em dose dupla”, uma vez que as duas filhas estão estudando longe de casa. “Me mudei da Cecap para Vila Industrial em um ano e, desde julho passado, estou brigando para transferir minhas filhas, mas não consigo”, conta. Por conta disso, ela diz que tem sofrido com gastos em combustíveis e passagens de ônibus.
Já no caso do William Júnior Bezerra, 34 anos, nem ônibus resolveria o problema. Para este ano, o sistema direcionou o filho dele para estudar no Jardim Brasília, porém, ele reside no Residencial Cremonezi. Não há linhas do coletivo que interligam os bairros. “Eu e minha esposa trabalhamos o dia todo e não temos tempo para nos deslocar até lá. Com isso, viemos até aqui para tentar solucionar isso”, completa. William também reitera que não é a primeira vez que tentam realizar a conversa. Antes, o filho estudava no bairro em que residem, em vista de estar no ensino infantil. Agora, que vai começar o 1º ano, o bairro mais próximo e viável seria o Jardim Brasil Novo, conforme exposto.
Em caso parecido, a neta da doméstica Jonilda Ribeiro Ferreira, 46 anos, também foi indicada para estudar em uma escola longe de onde reside. Para ser mais exato, foi do Jardim Estoril ao Jardim Paulista. O que pra ela não tinha necessidade, já que próximo de casa existem duas escolas, e seria o ideal, devido à necessidade e dificuldade em não poder se deslocar. Há 20 minutos na fila, ela relatou que esperava uma solução.
Atendimento
E de acordo com a secretária municipal de Educação, Sônia Maria Pelegrine, assim como a Elen, o William e a Jonilda, todos serão atendidos. Como já informado, ela comenta que essa trata-se da última etapa da projeção de vagas. Entre os itens analisados, conta que o principal e o mais importante é a atualização do endereço, em vista de que muitas deslocações não ocorreram por conta desse problema.
Já no que tange às transferências, as principais reclamações dos entrevistados, Sônia explica que já era prevista essa “desaprovação” em alguns casos, por isso os atendimentos foram iniciados. “A partir do dia 10, quando acaba a fase do ensino fundamental, cada caso será estudado, a fim de remanejar a criança”, pontua. Ainda de acordo com a secretária, o critério utilizado não é a ordem de chegada, mas a necessidade de cada pai, atrelado à proximidade de cada instituição de ensino em relação ao endereço cadastrado.
SERVIÇO
Os pais que precisam solucionar alguma dúvida ou realizar os serviços oferecidos precisam procurar o prédio da Seduc, localizado na Rua Cyro Bueno, 86, Jardim Cinquentenário. O atendimento é das 8h às 16h, de segunda a sexta-feira, no piso superior.
SAIBA MAIS
As atualizações são referentes ao ano letivo de 2018. A partir do dia 23 deste mês, também no prédio da Seduc, os pais com os filhos que pleiteiam vagas ou estão matriculados no ensino infantil (até 5 anos) serão atendidos. Assim como antes, o atendimento será das 8h às 16h.
