Segurança no Parque dos Girassóis divide opiniões entre moradores

PRUDENTE - THIAGO MORELLO

Data 08/10/2017
Horário 14:12

Em agosto de 2015, a edição do Especial Bairros ia pela primeira vez no Parque dos Girassóis, em Presidente Prudente. Num bairro de característica residencial, uma das reclamações encontradas na época, era a falta de policiamento nas ruas e a necessidade de mais segurança. Pouco mais de dois anos depois, O Imparcial voltou ao local e adivinha? A questão mostrou sinal de melhorias, porém, ainda divide opiniões. Pra quem mora no local, seja há pouco tempo ou há mais de 10 anos, o assunto é pauta em roda de conversas, tanto no bom sentido, como no mau.

Apesar de caracterizar o bairro como “sossegado”, de acordo com o representante comercial Ananias Palmeira, 41 anos, o policiamento deixa a desejar. Ele, que já foi alvo de furto duas vezes, reclama que, infelizmente, por mais que encontre mecanismos e dispositivos que tentem inviabilizar as ocorrências, eles sempre são superados. “Eu já coloquei cerca elétrica, alarme e outros itens, mas isso não impediu que o crime acontecesse. De manhã a situação é pior, na minha opinião, pois a vizinhança fica mais desprotegida, pois os proprietários e moradores, na maior parte deles, saem para trabalhar”, justifica.

Tal situação impulsionou uma medida mais bairrista. O comerciante Nilton Miyasato, 48 anos, dono de um estabelecimento local, conta que um grupo de moradores, incluindo ele mesmo, contratou um segurança particular, a fim de que a vigia feita no local fosse mais intensificada durante a noite. “Foi a única maneira que encontramos para podermos no sentir mais confiante para poder residir aqui e também desenvolver nosso trabalho”, completa. Nilton conta que nunca foi alvo de bandidos, no entanto, com os relatos da comunidade, tem medo de um dia ser vítima.

Na contramão das duas opiniões acima, a reportagem iniciou a conversar com o auxiliar geral Juliano Cordeiro, 45 anos, que mora há mais de 10 anos no bairro, o contextualizando sobre como a falta de segurança era alvo de reclamações há pouco mais de dois anos. Sem pensar muito, ele não pestanejou em responder que houve sim melhorias e que, agora, o bairro está protegido. “A gente vê o policiamento na rua dia e noite. As rondas são feitas e creio que isso afasta os criminosos. Sobre esse ponto não podemos reclamar, pois há viaturas no bairro, o que não era comum antigamente”, expõe.

A Polícia Militar foi procurada para repercutir sobre o assunto, já que é o órgão competente por promover o policiamento local. Por meio de nota, a seção de comunicação da PM ressaltou que não foram recebidas reclamações sobre o assunto de moradores do bairro, mas que é possível melhorar sim a segurança local, por meio do “aumento do efetivo no período noturno, respectivamente, o aumento do policiamento no bairro e o apoio efetivo da Companhia de Força Tática”.

 

Marginal

Desde quando a mudança para mão única da Avenida Joaquim Constantino, às margens do Km 568 da Rodovia Raposo Tavares (SP-270) foi anunciada pela Semav (Secretaria Municipal de Assuntos Viários e Cooperação em Segurança Pública), Nilton relata que o assunto tem dado dor de cabeça, uma vez que a alternância poderia atingir o bairro, já que as vias de acesso para o mesmo também podem ser feitas pela marginal.

Sobre o assunto, a pasta municipal relatou, por meio da Secom (Secretaria Municipal de Comunicação), que, devido a uma recomendação do MPE (Ministério Público Estadual) - que é favorável à transformação -, ainda não há previsão para quando o assunto volte às discussões. Por meio de nota, a secretaria salientou que “os motoristas que trafegam pela via foram orientados, inclusive com faixas sobre as pistas, a respeito dessa adequação”.

 

ESTRUTURA DO BAIRRO

Ano de implantação: 2003

Quadras: 23

Área de loteamento: 273.732,24 m²

Área verde: 26.886,57 m²

Terrenos baldios: 159

Construções: 355

População estimada: 1 mil pessoa

 

SERVIÇO

A população pode promover suas reclamações, críticas e elogios sobre o bairro em que reside. O contato deve ser feito com os profissionais da Pauta, por meio do pauta@imparcial.com.br, do telefone 2104-3732 ou do Whatsapp 99104-8537.

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