Sem candidatos ao conselho deliberativo pela 2ª vez, Apea terá terceira reunião em julho

Assembleia visará nova tentativa de eleição ou nomeação de junta de intervenção, além de discussão de possíveis locações de espaços do clube e aterramento da piscina

PRUDENTE - DA REDAÇÃO

Data 21/06/2023
Horário 14:25
Foto: Arquivo
Apea enfrenta déficits mensais de, em média, R$ 60 mil
Apea enfrenta déficits mensais de, em média, R$ 60 mil

Em Presidente Prudente, a Apea (Associação Prudentina de Esportes Atléticos) não conseguiu eleger, pela segunda vez, a diretoria do conselho deliberativo do clube devido à falta de candidatos. A reunião extraordinária ocorreu na segunda-feira.

Diante disso, o conselheiro mais antigo do clube, Jaime Trevisan, publicou nesta terça um novo edital em que convoca todos os associados proprietários da Apea a participar de uma assembleia geral extraordinária a ser realizada no dia 3 de julho: em primeira convocação, com a presença de 2/3 dos associados habilitados às 18h e, se não for obtido o quórum necessário, em segunda convocação, 30 minutos depois, ou seja, às 18h30, com qualquer número de associados proprietários presentes, com a finalidade de deliberar sobre os seguintes assuntos:

  • Eleição e posse da diretoria executiva do clube, bem como a eleição e posse do presidente e vice-presidente do conselho deliberativo;
  • Caso não haja interessados, nomeação de uma junta de intervenção composta por seis sócios-proprietários, que assumirão a direção do clube até a eleição do conselho deliberativo e da diretoria executiva. No entanto, a intervenção não poderá exceder o prazo máximo e inalterável de 12 meses;
  • Autorizar ou não que o clube faça a locação mensal e por longo prazo para terceiros dos salões sociais e do espaço em que funciona o balé e outros espaços e áreas edificadas existentes no clube, buscando novas rendas e receitas para a manutenção do clube;
  • Autorização plena e geral para que sejam tomadas todas as providências para reduzir os custos de manutenção do clube, inclusive o aterramento da piscina;
  • Outros assuntos de interesse da Apea poderão ser discutidos na assembleia, sempre visando a preservação do patrimônio e a continuidade do clube conforme estabelecido em seu estatuto social.

Jaime Trevisan aponta que, para concorrer às eleições da Apea, os sócios-proprietários deverão estar quites com as suas obrigações sociais e financeiras junto ao clube, apresentando o requerimento preenchido e assinado com a chapa completa. Para mais informações, os interessados poderão comparecer à secretaria do clube ou do conselho deliberativo.

Segundo Jaime, a convocação considera a renúncia coletiva da diretoria executiva e do presidente e vice-presidente do conselho deliberativo da Apea; a ausência de qualquer interessado e/ou chapa para concorrer aos cargos da diretoria executiva e do conselho deliberativo; a situação financeiro-econômica relatada pelo tesoureiro e pelo presidente da executiva, que renunciaram ao cargo, inclusive com a notícia da falta de fundos para o pagamento dos salários dos funcionários no próximo mês; e a urgência em definir possíveis locações e reduzir as despesas mensais da Apea.

Problemas financeiros

Conforme noticiado por O Imparcial, a ex-diretoria da Apea decidiu pela renúncia devido a problemas financeiros enfrentados pelo clube. De acordo com o ex-presidente, o cirurgião-dentista Carlos Henrique Silveira, um balanço contábil contratado pelos membros apontou déficits mensais de, em média, R$ 60 mil.

Carlos expôs que o problema é antigo e já desafiava as diretorias anteriores do clube. Ao assumir o comando em janeiro deste ano, ele resolveu contratar um serviço de auditoria com o objetivo de entender o cerne do déficit, ou seja, detectar onde havia o vazamento de dinheiro que provocou a dívida.

Ao final do trabalho, que apontou déficits mensais de, em média, R$ 60 mil, a diretoria debateu projetos que pudessem possibilitar uma renda fixa para garantir, pelo menos a princípio, a redução da evasão financeira. No entanto, conforme ocorriam as discussões, constatou-se que, diante de qualquer passo dado, o grupo assumiria dívidas que chegariam a R$ 1 milhão.

Carlos afirmou que grande parte das dependências do clube apresenta problemas estruturais e é preciso dinheiro para garantir a devida manutenção, bem como a contratação de mais funcionários que possam aprimorar o atendimento aos sócios e a captação de novos usuários.

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