Em Presidente Prudente, a Apea (Associação Prudentina de Esportes Atléticos) não conseguiu eleger, pela segunda vez, a diretoria do conselho deliberativo do clube devido à falta de candidatos. A reunião extraordinária ocorreu na segunda-feira.
Diante disso, o conselheiro mais antigo do clube, Jaime Trevisan, publicou nesta terça um novo edital em que convoca todos os associados proprietários da Apea a participar de uma assembleia geral extraordinária a ser realizada no dia 3 de julho: em primeira convocação, com a presença de 2/3 dos associados habilitados às 18h e, se não for obtido o quórum necessário, em segunda convocação, 30 minutos depois, ou seja, às 18h30, com qualquer número de associados proprietários presentes, com a finalidade de deliberar sobre os seguintes assuntos:
- Eleição e posse da diretoria executiva do clube, bem como a eleição e posse do presidente e vice-presidente do conselho deliberativo;
- Caso não haja interessados, nomeação de uma junta de intervenção composta por seis sócios-proprietários, que assumirão a direção do clube até a eleição do conselho deliberativo e da diretoria executiva. No entanto, a intervenção não poderá exceder o prazo máximo e inalterável de 12 meses;
- Autorizar ou não que o clube faça a locação mensal e por longo prazo para terceiros dos salões sociais e do espaço em que funciona o balé e outros espaços e áreas edificadas existentes no clube, buscando novas rendas e receitas para a manutenção do clube;
- Autorização plena e geral para que sejam tomadas todas as providências para reduzir os custos de manutenção do clube, inclusive o aterramento da piscina;
- Outros assuntos de interesse da Apea poderão ser discutidos na assembleia, sempre visando a preservação do patrimônio e a continuidade do clube conforme estabelecido em seu estatuto social.
Jaime Trevisan aponta que, para concorrer às eleições da Apea, os sócios-proprietários deverão estar quites com as suas obrigações sociais e financeiras junto ao clube, apresentando o requerimento preenchido e assinado com a chapa completa. Para mais informações, os interessados poderão comparecer à secretaria do clube ou do conselho deliberativo.
Segundo Jaime, a convocação considera a renúncia coletiva da diretoria executiva e do presidente e vice-presidente do conselho deliberativo da Apea; a ausência de qualquer interessado e/ou chapa para concorrer aos cargos da diretoria executiva e do conselho deliberativo; a situação financeiro-econômica relatada pelo tesoureiro e pelo presidente da executiva, que renunciaram ao cargo, inclusive com a notícia da falta de fundos para o pagamento dos salários dos funcionários no próximo mês; e a urgência em definir possíveis locações e reduzir as despesas mensais da Apea.
Conforme noticiado por O Imparcial, a ex-diretoria da Apea decidiu pela renúncia devido a problemas financeiros enfrentados pelo clube. De acordo com o ex-presidente, o cirurgião-dentista Carlos Henrique Silveira, um balanço contábil contratado pelos membros apontou déficits mensais de, em média, R$ 60 mil.
Carlos expôs que o problema é antigo e já desafiava as diretorias anteriores do clube. Ao assumir o comando em janeiro deste ano, ele resolveu contratar um serviço de auditoria com o objetivo de entender o cerne do déficit, ou seja, detectar onde havia o vazamento de dinheiro que provocou a dívida.
Ao final do trabalho, que apontou déficits mensais de, em média, R$ 60 mil, a diretoria debateu projetos que pudessem possibilitar uma renda fixa para garantir, pelo menos a princípio, a redução da evasão financeira. No entanto, conforme ocorriam as discussões, constatou-se que, diante de qualquer passo dado, o grupo assumiria dívidas que chegariam a R$ 1 milhão.
Carlos afirmou que grande parte das dependências do clube apresenta problemas estruturais e é preciso dinheiro para garantir a devida manutenção, bem como a contratação de mais funcionários que possam aprimorar o atendimento aos sócios e a captação de novos usuários.