Seminário discute combate à violência infantil

“Os professores têm que se qualificar, pois são os primeiros a identificarem atos de violência nas crianças", afirma.

PRUDENTE - Laís Ernesto

Data 20/08/2014
Horário 09:59
 

Um seminário de combate à violência e exploração sexual infantil foi realizado ontem, na sede do Cras (Centro de Referência de Assistência Social), em Tarabai. O evento é uma realização do Conseg (Conselhos Comunitários de Segurança) com o apoio da Prefeitura.

Com o tema "Faça bonito. Proteja nossas crianças e adolescentes", a ação contou com a participação de profissionais que trabalham diretamente com crianças nas áreas da educação, assistência social, saúde, conselho tutelar, entre outras. Um dos assuntos abordados foi a Lei da Palmada, sancionada em junho.

O presidente do Conseg, Marcio Rogério Roncolato, 35, conta que o objetivo é despertar nestes profissionais a consciência dos atos de violência contra a criança. Segundo ele, no município, só neste ano, foram registrados quatro casos. Além de prevenir à violência, o seminário visa capacitar os paticipantes a identificar e agir nestes casos. "Os professores têm que se qualificar, pois são os primeiros a identificarem atos de violência nas crianças", afirma.

A palestra foi ministrada pela mestre em psicologia social, Cristiane Andreotti, que mostrou os métodos de identificação de violência. Segundo ela, o trabalho vai além de falar sobre os conceitos e as várias modalidades da violência, como física, psicológica, negligencia, abandono e violência fatal. "É imporante  fazer uma reflexão da atuação profissional, na intervenção com a criança, como evitar que ela não sofra em função de procedimentos inadequados realizados, sobretudo, nas instituições durante o atendimento".

A conscientização continuará após o evento. Será gravado um DVD para que outros profissionais que não tiveram a oportunidade de participar do seminário possam conhecer e entender o assunto.

 

Literatura

Andreotti escreveu um livro com o título "Enfrentamento e Revitimização: A escuta de crianças vítimas de violência sexual". A abordagem envolve, segundo ela, toda a trajetória percorrida pela criança após a revelação da violência sexual e a constatação. "Precisamos fortalecer a rede de atendimento a esse menor, com capacitação profissional para que os afetados tenham acesso à supervisão e terapia", completa

 
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