Está prevista para o fim da tarde desta segunda-feira, na rampa do Paço Municipal de Presidente Prudente, uma mobilização organizada pelo Sintrapp (Sindicato dos Servidores Municipais de Presidente Prudente e Região) junto a quase mil servidores lotados nas funções da referência 1 da administração municipal. A manifestação tem o objetivo de dar visibilidade à luta da categoria por melhores condições de salário e trabalho.
Conforme o sindicato, os trabalhadores reivindicam valorização para as pautas da referência, haja vista que ela é composta pelas funções que têm o menor salário no funcionalismo municipal. A presidenta do Sintrapp, Luciana Telles, explica que “tais trabalhadores, por receberem o menor salário da Prefeitura, são os que mais sofrem com a alta nos preços de mercados, combustíveis e no custo de vida em geral”.
A sindicalista ainda acrescenta que é preciso que a administração atenda os servidores para que o diálogo possa acontecer. “Há algum tempo, o prefeito do município, Ed Thomas (PSB), já não conversa com a comissão e com o sindicato para discutir essas reivindicações que foram estabelecidas em assembleia”, afirma.
Compõem a referência 1 servidores em funções como auxiliar de biblioteca, auxiliar de telefonista, cozinheira, servente de pedreiro, serviços gerais e vigia diurno.
Em assembleia realizada no dia 9 de setembro, os servidores da referência 1 deliberaram estado de greve "até que a administração mude a postura diante das necessidades dos servidores". Com isso, o sindicato aponta que os trabalhadores podem deflagrar paralisação a qualquer momento.
Luciana Telles ainda enfatiza que o sindicato e os servidores estão lutando por reconhecimento e valorização há anos. “Porém, foram poucas as ocasiões em que as reivindicações da referência 1 foram recebidas”, pondera.
A sindicalista acrescenta que "a administração costuma apresentar empecilhos, geralmente na área financeira, para atender reivindicações". "Apesar da dificuldade financeira alegada, o governo Ed Thomas não deixou de criar 71 cargos comissionados com salários que representam, aos cofres públicos, gastos em torno de R$ 22 milhões. Enquanto isso, para atender reivindicação dos servidores da referência 1, seriam necessários R$ 6 milhões", completa.
Com a ação, tanto o sindicato quanto os trabalhadores afirmam esperar que a administração abra caminho para o diálogo e para a valorização. “A referência 1 sente-se invisibilizada, tanto em seu trabalho quanto no reconhecimento por parte da administração”, pontua a sindicalista.
A mobilização acontecerá na rampa do Paço Municipal, a partir das 17h de hoje.
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura para solicitar um posicionamento e aguarda resposta. Esta matéria, portanto, pode ser atualizada a qualquer momento.
