Servidores e presos da região trocam experiências sobre técnicas de enxerto em plantas

Objetivo é mesclar cores e produzir novas mudas da rosa do deserto, que será incorporada ao paisagismo desenvolvido por reeducandos do semiaberto

REGIÃO - DA REDAÇÃO

Data 15/09/2023
Horário 14:46
Foto: Croeste
Servidores e reeducandos acompanharam informações sobre técnicas de enxertia
Servidores e reeducandos acompanharam informações sobre técnicas de enxertia

O trabalho é intenso e focado. Requer dedicação e habilidade. Mas o resultado é uma obra de arte. A jardinagem é uma das atividades desenvolvidas por reeducandos do regime semiaberto da Penitenciária “Zwinglio Ferreira”, a P1, de Presidente Venceslau, na sede da Croeste (Coordenadoria de Unidades Prisionais da Região Oeste).

Em agosto, servidores da Penitenciária “Bruno Luiz Airoldi Leite” de Caiuá estiveram na sede da coordenadoria para trocar experiências sobre técnicas de enxerto de plantas. Presos que trabalham no viveiro de mudas também acompanharam o procedimento que será adotado no local.

Foram utilizadas espécies de rosa do deserto, uma planta exótica nativa da África e que tem se destacado no cenário da jardinagem brasileira pela sua beleza singular.

De acordo com o diretor de Centro de Trabalho e Educação da Penitenciária de Caiuá, André Magoti, que fez a demonstração juntamente com o policial penal Fernando Henrique da Matta, foram aplicadas as técnicas de pressão, colagem e garfagem.

“O objetivo é mesclar cores e produzir novas mudas, com aspectos diferentes”, disse. O manejo é delicado e exige precisão para não expor a planta a contaminações externas. Os instrumentos são desinfetados e a canela em pó auxilia na cicatrização do corte.

“Mudas nas cores branca, amarela, preta e vermelha vão se mesclar às que receberam o enxerto. A planta, que já é exuberante por si própria, ganha ainda mais destaque”, conta Fernando.

“A rosa do deserto vai agregar seu encanto ao paisagismo desenvolvido nas imediações da coordenadoria, por meio do trabalho externo dos reeducandos do semiaberto”, explica o diretor técnico 3 do Grupo Regional de Ações de Trabalho e Educação.

Para o preso Paulo, nome fictício, o trabalho na jardinagem despertou o interesse pela profissão. “Era pintor na rua, mas agora pretendo utilizar o que aprendi aqui para exercer outra atividade, pois o manejo com plantas me cativou”, declarou.

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