Show no FLITPP discute comportamento masculino na sociedade, hoje, às 20h30

Apresentação da banda que vem pela primeira vez à cidade que aborda em suas 15 faixas as relações contemporâneas será no Paulo Roberto Lisboa

VARIEDADES - SANDRA PRATA

Data 25/08/2018
Horário 04:00
Cedida - A banda está na ativa desde 1999 e traz um repertório aberto para interpretações
Cedida - A banda está na ativa desde 1999 e traz um repertório aberto para interpretações

Desembarcando pela primeira vez em terras prudentinas, a banda de rock Porcas e Borboletas se apresenta às 20h30 deste sábado, no Teatro Paulo Roberto Lisboa do Centro Cultural Matarazzo. O show é aberto ao público e faz parte da programação do FLITPP (Festival Literário de Presidente Prudente) que iniciou ontem e segue até o dia 2 de setembro, -uma realização da Secult (Secretaria Municipal de Cultura).

Com 18 anos de existência, a banda trará um repertório com aproximadamente 15 faixas, das quais 10 serão do CD “Momento íntimo”, eleito o melhor do ano na premiação Gabriel Thomaz e também o quarto e mais recente trabalho do grupo. As outras canções foram selecionadas de discos passados. Produtor há três anos da equipe, Juliano Silva Tavares, 32 anos, o Juka, afirma que uma das inspirações do conjunto é a banda nacional Titãs. Sobre a apresentação, ele adianta que será em cima de tópicos atuais como masculinidade, feminismo e relações contemporâneas.

Um dos fundadores e guitarrista da banda, Moisés Bernardes Teixeira, Moita, tem 37 anos e faz parte do grupo há 18. Segundo ele, participar de um festival literário é uma expectativa muito grande tendo em vista que todos da equipe possuem apreço pela literatura. “Dois integrantes da nossa banda são formados em Letras, temos um carinho especial com nossos versos, com a narrativa, então poder estar nesse ambiente é muito bom”, pontua.

Mundo atual

Embora, segundo Moita, o quarto álbum não tenha sido produzido com a intenção de criticar as relações contemporâneas ele acaba refletindo sobre certas questões. De acordo com o guitarrista, depois de observarem as dez canções finalizadas, perceberam que se encaixava muito bem em atuais temas como feminismo e comportamento masculino. “Somos todos homens e o momento que vivemos hoje, do empoderamento da mulher, faz com que seja necessário rever algumas atitudes e repensar o mundo depois de tanto tempo vivendo em uma sociedade patriarcal”, salienta.

Apesar disso, reforça que o trabalho que produzem não é fechado com um único ponto de vista. Conforme o guitarrista, a ideia é sempre produzir canções que sejam amplas e possibilitem mais de uma interpretação. “Gerar reflexão é sempre interessante, mas não temos uma bandeira, deixamos a obra aberta para cada um absorver da sua forma”, explica.

Para sanar a expectativa do público, Moita adianta que os prudentinos que passarem pelo Matarazzo para prestigiar o show, podem se preparar para ver algo original e com uma linguagem própria. “Temos referências musicais, claro, mas temos um jeito só nosso de fazer musica, é algo bem particular, podem ir com fé que vão gostar [risos]”, frisa.

Do campus aos palcos

O guitarrista conta que a banda nasceu no fim de 1999 quando ele e outros três integrantes - Enzo Banzo, Danilo Bernardes, Danislau, e Ricardo Ramos - juntaram a paixão em comum pela música e começaram a produzir canções como hobby. O cenário da época era a universidade que cursavam, Moita, Filosofia, Enzo e Danislau, Letras, e Ricardo Ramos matriculado em Artes Plásticas.

De acordo com Moita, a intensão no início não era levar para algo profissional, tudo aconteceu naturalmente. “Nos juntávamos no tempo vago aos domingos para tocar e fazer músicas, ai com o tempo fomos marcando apresentações esporádicas até levarmos como profissão”, rememora.

No entanto, com uma formação instrumental desprovida de bateria e baixo, a banda viu a necessidade de aumentar o time. Três anos depois do início do quarteto, em 2002, se encontraram com outros dois amigos e formaram um sexteto. “Com o tempo passamos por algumas modificações na formação, mas hoje o núcleo fundador ainda persiste”, explica.

A atual formação da banda é Danislau no vocal, Enzo no vocal 2 e guitarra, Moita na guitarra, Chelo Lion no baixo, Ricardo no teclado e Pedro Gongom na bateria.

SAIBA MAIS

A origem do nome Porcas borboletas é uma canção escrita pela banda e que nunca foi gravada nem lançada. Moita explica que a ideia é dar um contraste entre coisas pesadas, letras pesadas e leveza, letras mais bonitas e delicadas.

Olho

“Temos referências musicais, claro, mas temos um jeito só nosso de fazer musica, é algo bem particular, podem ir com fé que vão gostar”

Moisés Bernardes Teixeira, Moita

guitarrista da banda

 

Serviço

Show Porcas Borboletas

FLITPP (Festival Literário de Presidente Prudente)

Hoje

Horário: 20h30

Local: Teatro Paulo Roberto Lisboa do Centro Cultural Matarazzo

Valor: grátis

 

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