O Sindicato dos Bancários de Presidente Prudente sinalizou uma possibilidade de greve nas últimas semanas de agosto. O movimento de paralisação será uma espécie de resposta, caso as reinvindicações solicitadas pela categoria não sejam atendidas pelas empresas. Tais pontos serão discutidos na próxima sexta-feira, numa reunião entre as partes. Os resultados da conversa serão primordiais para decidir o futuro das negociações.
À frente do sindicato, Edmilson Trevizan explica que existe a possibilidade de greve, no entanto, o trâmite é maior do que simplesmente paralisar. “A reunião será uma oportunidade de discutirmos o que a categoria pede para as empresas. Uma vez que não seja atendida e as propostas ignoradas, pode ser sim que haja greve”, completa o presidente, que também lembra a necessidade de haver assembleias pós-reunião e antes de ocorrer o movimento grevista.
“A reunião será uma oportunidade de discutirmos o que a categoria pede para as empresas”
Edmilson Trevizan
presidente do sindicato
No entanto, o próximo passo é realmente as negociações, na sexta-feira. Dentre os pontos a serem discutidos, a categoria pede pelo menos um aumento salarial que vai de acordo com a inflação, algo em torno de 5%, “além de um dos direitos primordiais, que é a pré-estabilidade, que diz respeito à manutenção no trabalho, quando o funcionário estiver a dois anos de se aposentar. Eles querem retirar isso”, pondera Edmilson.
O sindicato que representa a categoria possui 1.100 sindicalizados, contudo, o presidente destaca que a região de Presidente Prudente possui cerca de 1.200 trabalhadores no setor.
Federação
Procurada, a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) relatou que não se posiciona sobre greves e paralisações. Por outro lado, eles lembram que propõe um reajuste que repõe a inflação no período, o que significa que o piso da categoria pode, por exemplo, superar os R$ 3 mil para um caixa, incluindo a gratificação, com jornada de 6 horas, de qualquer região do Brasil. “A essa remuneração somam-se benefícios como a participação dos bancários nos lucros e resultados dos bancos”, pontua.
