Certa vez, uma estudante perguntou à antropóloga americana, Margaret Mead (1901-1978): O que ela considerava ser o primeiro sinal de civilização em uma cultura. A estudante esperava que a antropóloga falasse de anzóis, bacias de barro ou de pedras para amolar. Mas não. Mead disse que o primeiro sinal de civilização numa cultura é a prova de uma pessoa com um fêmur quebrado e curado. “Se você quebrar a perna, você morre”.
Você não pode fugir do perigo, ir para o rio beber água ou caçar para se alimentar. Você se torna carne fresca para predadores. Nenhum animal sobrevive a uma perna quebrada o tempo suficiente para que o osso cure. Um fêmur quebrado curado é a prova de que alguém tirou tempo para curar a lesão, colocar a pessoa em segurança e cuidar dela até que ela se recuperasse. “Ajudar alguém a passar pela dificuldade é o ponto de partida da civilização”, explicou então Margaret.
Uma sociedade civil unida e participativa é a força motriz necessária do pleno desenvolvimento de uma comunidade. Atingir este estágio social, obrigatoriamente, passa por um amadurecimento conduzido anos a fio, como qualquer processo evolutivo humano.
À frente da UEPP, tenho tido a oportunidade de acompanhar de perto um momento de maturação importante de nossa sociedade regional. Entidades se unindo em prol de objetivos comuns; representantes dos setores industriais, comerciais e de serviços que buscam, além de resolver as questões inerentes a sua área de atuação, se unem com foco em objetivos mais amplos e regionais.
Nenhum setor com o qual tivemos oportunidade de conversar nos últimos tempos, se absteve de colaborar com a busca de um melhor desenvolvimento econômico e social de nossa região, inclusive os entes públicos e políticos. E digo isso com base no sucesso da realização do nosso Fórum de Desenvolvimento Sustentável do oeste paulista, no último dia 24, que contou com o apoio de toda sociedade civil, bem como das forças políticas da nossa região. Em nome da 10ª Região Administrativa do Estado de São Paulo, o nosso muito obrigado!
A UEPP carrega, em seu DNA, esse gene da União e da luta pelo bem comum. Acreditamos que sem a participação efetiva de todos em prol de melhorar o bem-estar geral, o caminho é mais árduo e o tempo empreendido para que alcancemos esse objetivo, bem mais longo. Sim, há muito o que evoluir, muito o que fazer para que possamos sair definitivamente da últimas posições no ranking regional de desenvolvimento estadual, mas, com certeza, unidos será mais fácil.
