Suposto caso de maus-tratos gera lesões em cadela

PRUDENTE - THIAGO MORELLO

Data 15/02/2018
Horário 11:52
Mayara Kaanda Gomes de Freitas, Cadela foi vista sem lesões, pela última vez, na segunda-feira
Mayara Kaanda Gomes de Freitas, Cadela foi vista sem lesões, pela última vez, na segunda-feira

O Imparcial já noticiou casos tristes de maus-tratos de animais na cidade e, ao que parece, a situação pode ter voltado a se repetir na cidade. Há dois meses, a cadela Belinha vem sendo cuidada por Mayara Kaanda Gomes de Freitas, que trabalha em um curtume de Presidente Prudente. Na manhã de ontem, ao chegar para trabalhar, ela encontrou o animal diferente do que acostumava: com os pelos e o corpo corroído. Na segunda-feira, ainda de acordo com ela, o animal estava bem e sem lesões.

“Temos dois cães e alguns gatos que ficam por aqui. Sempre quando eu chego, eles vêm correndo em minha direção. Hoje [ontem] todos vieram, menos ela”. Conforme o depoimento de Mayara, ela chegou a pensar que o animal teria sido levado, mas não foi o que ocorreu. Mais adentro do pátio da empresa, Belinha foi encontrada por ela, com lesão, principalmente na parte direita do corpo, e pelos pelo chão.

À reportagem, Mayara menciona que a aparência da cadela era e é de como se tivesse sido atingida por produtos químicos. Por falar nisso, ela lembra que existe um lago nas proximidades dos estabelecimentos, onde tem despejo de produtos químicos feitos pelos caminhões da própria empresa. No entanto, ela conta que quando o animal foi localizado, ele não estava por lá.

No momento, Mayara diz que a cachorra aparenta estar estável, “porém, incomodada, pois ela fica andando para lá e para cá, como se quisesse tirar algo da boca ou como se estivesse coçando. Dá dó de ver”. Em vista disso, ela diz que tem procurado ajuda, principalmente com ONGs (organização não-governamental) que atuam pelos animais. Entretanto, não tem obtido sucesso, pois é preciso de interseção financeira para tratamento médico. “Se eu tivesse como, eu mesmo pagaria”, finaliza.

Como noticiado por este diário, dois casos de suposta mutilação de cães, no Jardim Cambuci, na Rua Sérgio Lourenço, foram detectados por uma comerciante, que também é protetora de animais, recentemente. As duas ocorrências foram registradas em menos de 15 dias. Em uma das situações, um dos animais precisou ter uma das patas amputada.

 

Defesa

Nessa situação, a Polícia Militar alerta que maus-tratos a animais é todo processo de abandono ou crueldade que restringe a liberdade do animal ou provoca sofrimento ou dor. Dentre eles, é possível citar “abandono, envenenamento, cárceres, acessórios que aprisionam ou limitam [correntes], local sem higienização, falta de iluminação ou ventilação, e outras exposições que possam causar lesão, pânico ou estresse, agressão física, exposição a esforço excessivo” e entre outros, conforme a PM.

Ademais, o policiamento lembra que em todas as hipóteses, sejam eles domésticos, domesticados, silvestres ou até selvagens, os animais que sofrem maus-tratos têm direitos garantidos pela “constituição, por intermédio do Art. 32, da Lei Federal nº. 9.605, de 12.02.1998 [Lei de Crimes Ambientais] e também pela Constituição Federal Brasileira, de 05 de outubro de 1988”, finaliza. A denúncia pode ser feita pelo telefone 190.

 

Serviço

Para quem tem condição e gostaria de ajudar Mayara com os cuidados da cadela Belinha, o contato pode ser feito através do telefone (18) 99679-6150.

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