Na quarta-feira, 21 de setembro, o Copom (Comitê de Política Monetária), no sexto encontro em 2022, divulgou a tão esperada decisão sobre a taxa básica de juros. O valor estabilizou em 13,75% ao ano, conforme o aumento anunciado na reunião anterior. Esta taxa é também conhecida como Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia). É também o principal instrumento utilizado pelo governo para conter o avanço da inflação. Resta saber como este mecanismo funciona e qual o efeito prático na vida das pessoas.
Para definir a Selic, o comitê avalia um conjunto de fatores relacionados à economia mundial e local, como: taxa de juros dos países desenvolvidos, preços do petróleo, a pressão inflacionária brasileira, nível de emprego, renda da população, incertezas geradas por conflitos em outros países, etc. Esta taxa é chamada de “básica” porque influencia diretamente as outras taxas praticadas por bancos e instituições financeiras ao conceder empréstimos para empresas e pessoas físicas.
Segundo o artigo de Rafhael Coracini, publicado no site da CNN Brasil, “a taxa Selic foi criada em 1979 pela Andima (Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto) e pelo Banco Central e, em 1999, foi oficializado como a única taxa para indicar os juros do país. Hoje em dia movimentam-se bilhões de reais diariamente neste sistema”. Fato relevante que também merece destaque no mesmo artigo é o rendimento da poupança que fica entre 50% a 70% da taxa Selic, mais uma taxa referencial, abaixo de outras aplicações.
Portanto, quanto maior a Selic menor o estímulo para o cidadão ao contrair dívidas, isto reduz naturalmente o consumo e a pressão inflacionária. Por outro lado, se há dinheiro para “guardar”, a taxa de juros mais alta permite maiores ganhos nas aplicações bancárias, a exemplo daquelas de renda fixa. Neste momento, caros leitores, a Selic aumenta os riscos dos tomadores de empréstimos e as oportunidades dos investidores.
