Com a chegada do período de estiagem, que se estende do final de maio até o início de setembro, acende-se um alerta que não pode ser ignorado: o aumento alarmante dos incêndios em vegetações, terrenos baldios e áreas rurais. Este é, sem dúvida, o momento mais crítico do ano em relação a focos de fogo, e a responsabilidade sobre essa realidade é compartilhada por todos nós.
Como noticiado por O Imparcial, o Corpo de Bombeiros faz um alerta sobre a criticidade do período, especialmente, com relação à atuação humana. Segundo a corporação, a população deve estar instruída a eliminar ou minimizar qualquer risco de incêndio, como atear fogo em áreas urbanas e rurais com vistas à limpeza de terrenos, jogar bituca de cigarro pelas vias, entre outros.
O tempo seco, combinado com os ventos típicos da estação, cria um cenário propício para a propagação rápida das chamas. Basta uma faísca, muitas vezes causada por ações humanas irresponsáveis ou negligentes, para transformar um pequeno foco em um incêndio de grandes proporções. As margens de rodovias se tornam corredores de fogo, afetando não só o meio ambiente, mas também a segurança de motoristas. Em áreas rurais, o prejuízo é duplo: ambiental e econômico, afetando plantações, rebanhos e modos de subsistência.
Nos centros urbanos, o problema se repete em terrenos baldios, muitos dos quais se transformam em depósitos clandestinos de lixo e materiais recicláveis. Esses espaços, quando tomados por chamas, geram fumaça tóxica, poluição do ar e riscos diretos à saúde da população, sobretudo de crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias.
Não se trata apenas de um desafio ambiental. É uma questão de saúde pública, de segurança e de cidadania. Combater os incêndios exige, sim, a atuação do poder público, com fiscalização, equipamentos e campanhas educativas. Mas também depende da atitude de cada cidadão: evitar queimadas, denunciar focos de incêndio e respeitar as leis ambientais são ações simples, porém essenciais.
Neste período crítico, a atenção deve ser redobrada. O fogo não perdoa descuidos. E as consequências, infelizmente, costumam ser duradouras. Que este seja o momento de consciência e ação. Nosso ambiente — e nosso futuro — agradecem.
