A contação de histórias ganha novos espaços, tais como bibliotecas, centros educacionais, projetos e ainda ônibus e praças, vista como uma prática cultural indispensável e que encanta adultos e crianças
A Oficina Cultural Timochenco Wehbi de Presidente Prudente, espaço da Secretaria de Estado da Cultura, administrado pela Poiesis – Instituto de Apoio à Cultura, à Língua e à Literatura – promove de 21 de setembro a 9 de novembro, aos sábados, das 9h às 14h, a oficina Histórias Feitas à Mão – Materiais Lúdicos para Interação na Hora do Conto, coordenada por Marcela Coladello Ferro.
Marcela Coladello Ferro apresentará vários materiais confeccionados de modo artesanal que auxiliam na contação de histórias
São 30 vagas para educadores, contadores de histórias, mediadores de leitura, bibliotecários e demais interessados a partir de 16 anos. As inscrições podem ser feitas até amanhã, às 18h. Totalmente gratuito, bastando apenas de dirigir à Oficina Cultural e preencher a ficha de inscrição.
A oficina apresentará uma série de materiais confeccionados de modo artesanal – tapetes, flanelógrafos, caixas literárias, bonecos, cenários fixos e móveis – que auxiliam na contação de histórias e estabelecem relações específicas entre o narrador e o ouvinte, articulando brincadeiras. Os participantes poderão refletir sobre a composição lúdica e estética e o seu uso em sessões de histórias, bem como produzi-los em aula.
Ferro acredita que as crianças se encantam com a narração de histórias por conta da musicalidade contida na voz e da ludicidade de materiais utilizados. Nesse contexto, considera-se de fundamental importância a produção de materiais de qualidade estética e relacional com a cultura popular, para recriar histórias e narrativas, resgatar a oralidade, em especial o vínculo estabelecido pelo contador/narrador e o ouvinte que, nesse caso, deve ser positivo para que a história seja compreendida e apreendida, acrescentando algo a quem escuta e vê.
Partindo desse pressuposto, ao estabelecer aspectos que auxiliam os participantes, busca-se pela construção de um repertório de recursos internos (performance) e externos (materiais), necessários para um trabalho mais significativo. Tem-se como eixo organizativo dessa oficina a preocupação com o texto oral e a estética do material produzido, tendo em vista o aprimoramento do visual na contação de histórias. Assim, narrador e público compartilham as imagens e sentidos construídos, a partir de uma estética rica e lúdica.
A atividade tem como objetivos refletir sobre a hora do conto em espaços alternativos; elaborar projetos e organizar atividades para as sessões de histórias; e produzir materiais lúdicos para a interação na contação de histórias.
Aulas
O cronograma previsto terá na aula 1, apresentação da proposta (temática) de formação básica, Vivências I - Práticas de oralidade em grupo; na aula 2, texto, corpo e voz: a performance do contador de histórias, Roteirizar, interpretar e adaptar os textos, Vivências II - Jogos teatrais e narração oral; na aula 3, espaços, tempo e materiais - recursos para narrar histórias, Vivências III - Como montar sessões de histórias e escolha de materiais; na aula 4, produção de materiais para narrar histórias, Vivências IV: Cenários; caixas de histórias; na aula 5, atividades de oralidade, Vivências IV: Para começar histórias, histórias coletivas, jogos e brincadeiras; e na aula 6, Vivências IV - apresentação da sessão de história.
Tal reconhecimento se estabelece a partir da necessidade de enriquecer o real, ou seja, de permitir o desenvolvimento da criatividade e da imaginação, de praticar a oralidade e principalmente, de compartilhar um patrimônio cultural.
"Com esta oficina, além de conquistar lugar no currículo escolar, a contação de histórias ganha novos espaços, tais como bibliotecas, centros educacionais, projetos sociais e ainda de maneira itinerante, ônibus e praças, vista como uma prática cultural indispensável e que encanta adultos e crianças", afirma Ferro.
Perfil
Marcela Coladello Ferro é mestranda em Educação pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), onde se licenciou em Pedagogia. É professora de leitura da Biblioteca Escolar Delci Cavalheiro de Souza Campos, do Colégio Presbiteriano. Já ministrou workshops e cursos no Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e Unesp, além de ter sido parecerista do Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE) no processo de avaliação e seleção de obras de literatura destinadas a bibliotecas públicas. (Com Assessoria de Imprensa da Oficina Cultural)
Serviço
INFORMAÇÕES
A Oficina Cultural Timochenco Wehbi fica na Avenida Manoel Goulart, 2.109, Anexo 1, na Vila Santa Helena, e funciona de segunda sexta-feira, das 9h às 18h. Mais informações pelo telefone (18) 3222-3693 ou 3221-2959.