Transporte público

O usuário de transporte coletivo em Presidente Prudente enfrenta diversos percalços no seu cotidiano. Falta de informações sobre itinerários, sol queimando ou goteira em pontos, terminais inutilizados, linhas com horários reduzidos ou excluídos, motoristas assumindo a função de cobrador, desatenção a idosos, e por último, mas não menos importante, ônibus lotados mesmo em horário atípico.

Agora, não obstante, a Prudente Urbano, única concessionária do coletivo municipal, requereu aumento da tarifa de R$ 4,10 para R$ 4,70, ou seja, 14,63% de aumento anual. Quem utiliza, no mínimo, duas passagens por dia, pagará R$ 1,20 a mais. Utilizando de segunda a sexta, no fim do mês pagará, em média, o acréscimo de R$ 26,40 (integral) e R$ 13,20 (meia). Caso aprovado pela Prefeitura, a majoração nos igualará à cidade mais cara do Brasil, troféu hoje pertencente a Porto Alegre (R$ 4,70), e poderemos ter tarifa mais elevada do que as metrópoles brasileiras como Belo Horizonte e São Paulo, onde o bilhete integral custa R$ 4,30!

Recentemente, a UEPP (União das Entidades de Pres. Prudente e Região) pautou sobre a má infraestrutura do terminal urbano central, localizado na Avenida Brasil. Ontem, apresentou à Semob (Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Cooperação em Segurança Pública) um abaixo assinado de centenas de usuários pedindo revisão na tarifa, enquanto o município oferta terminais totalmente aquém do minimamente razoável, longe de oferecer agilidade e projeto de sustentabilidade.

Caso aprovado pela Prefeitura, a majoração nos igualará à cidade mais cara do Brasil, troféu hoje pertencente a Porto Alegre

A Prudente Urbano [de nome jurídico CompanyTur Transporte] atua em Prudente há mais de 20 anos, sucedendo a Pruden Express. Em defesa sobre tais reajustes, a concessionária alega que segue o que foi acordado no contrato de concessão e a legislação municipal, cujo reajuste da tarifa será feito todo dezembro para a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro.

Neste mesmo modelo de concessão, vale lembrar que o usuário obteve compromisso de ter ar condicionado e wi-fi nos ônibus, para ficar apenas no básico, serviços ainda indisponíveis aos munícipes, que de forma uníssona, reclamam das más condições do transporte público. Independente se a responsabilidade é da concessionária ou do governo municipal, a população é quem está pagando caro pelo serviço e tem como direito constitucional o de ser bem atendida.

 

 

 

 

 

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