Em assembleia realizada nesta manhã, a categoria que representa os funcionários do transporte público municipal de Presidente Prudente teria decidido por iniciar uma greve ainda nesta semana, caso a Prudente Urbano não quitasse os pagamentos de salários e benefícios que os colaboradores alegaram estar “frequentemente em atraso”. O prazo dado à empresa foi de 72 horas para a regularização. A empresa de transporte, em nota, alegou que, diferente do que fez ao longo da pandemia, não dispõe no momento de recursos para honrar com seus compromissos, enquanto que a Prefeitura garantiu que buscará medidas para evitar a greve, que poderá afetar toda a população.
Procurada, a Prudente Urbano informou que o atraso nos pagamentos é reflexo da “brusca” perda de arrecadação no serviço prestado. Alegou ainda que a crise no setor do transporte é destaque em todo país, porém, esclareceu que muitas cidades receberam ao longo da pandemia subsídios financeiros para preservar o serviço de caráter essencial aos cidadãos. “Ao longo desses sete meses, a Prudente Urbano manteve sozinha a operação do transporte público, cumprindo, inclusive, as novas exigências legais”.
Sem a devida contrapartida financeira do município, conforme previsto em contrato e requerido pela concessionária desde março, a empresa alegou que o transporte municipal mostrava sinais de que esse momento chegaria. “Nossos funcionários atuaram de forma heroica ao longo da pandemia, preservando o serviço necessário para tantas pessoas, inclusive trabalhadores dos hospitais”. A empresa relembra que preservou empregos, priorizou o pagamento de seus funcionários ao longo de todo esse período, mas, após “sete longos meses”, não dispõe de recursos para honrar seus compromissos com essas famílias de forma unilateral, como fez até o momento.
Em nota, a Prefeitura de Presidente Prudente alegou que, em reunião com a Prudente Urbano e o sindicato que representa os trabalhadores, foi acordado que a administração pública buscará soluções legais para cooperar com a empresa, a fim de evitar a greve, ou seja, evitar que haja danos à população que depende do transporte público, bem como aos trabalhadores que seguem atuando no transporte.
“A Prefeitura entende que, devido à pandemia da Covid-19, houve uma queda expressiva no número de passageiros, sobretudo de alunos das redes municipal e estadual, bem como de ensino superior e de empresas que compravam quantias expressivas de vale-transporte, o que, consequentemente, refletiu na baixa arrecadação e resultou no desequilíbrio financeiro da empresa”.
Diante disso, a Prefeitura garante que buscará medidas legais na tentativa de evitar a greve.
