Tuffi integra trajetória de desenvolvimento

VARIEDADES - DA REDAÇÃO

Data 29/01/2016
Horário 07:42
 

A história do Grupo Athia se entrelaça à história de Presidente Prudente. Em 1º de janeiro de 1919, a Estrada de Ferro Sorocabana inaugurou a estação ferroviária Presidente Prudente, no povoado iniciado por Francisco de Paula Goulart em setembro de 1917. Apenas um mês depois, desembarca no vilarejo, então com quase 500 habitantes, o imigrante sírio Tuffi Athia, de 26 anos.

Os tempos eram difíceis. O jornalista Valdery Santos, biógrafo de Tuffi Athia, registrou que a mortalidade infantil era espantosa: mais de 80 % dos recém-nascidos não sobreviviam. A comunidade enfrentou epidemias de maleita, doenças eram tratadas sem médicos, a base de rezas e remédios caseiros, homens armados se enfrentavam e as brigas muitas vezes acabavam em morte. Intranquilos, os sertanistas pioneiros fizeram um abaixo-assinado pedindo a criação de um distrito policial. Tuffi Athia foi nomeado o primeiro delegado pelo coronel Goulart.

Além de prender jagunços e baderneiros na cadeia localizada onde é hoje a Praça 9 de Julho, Athia limpou o pátio do Largo da Matriz fazendo um campo de futebol para as disputas do Brasil Esporte Clube, o primeiro time da cidade, no qual atuava como goleiro – de acordo com o biógrafo.

Em 1920, o censo contabilizou 856 habitantes e Tuffi Athia, que assumira também o cargo de agente do Correio, inaugura uma loja de tecidos, a Casa Athia. Empreendedor, Athia obtém do prefeito Pedro Freire Gomes, em janeiro de 1926, a concessão para instalar uma funerária na cidade. Em 1932, encerra as demais atividades, passando a dedicar-se exclusivamente ao trabalho na Funerária Athia.

Dentre outras curiosidades, Tuffi Athia foi um dos primeiros a ter o casamento registrado em Presidente Prudente, no 1º Cartório – folha 1, do livro 1. Ele se considerava ‘prudentino de coração’ e viveu na cidade até sua morte, em 1984.
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