Nesse período de festas juninas, uma se destacou: a já tradicional Fejupi, de Pirapozinho. Com aproximadamente 100 mil visitantes em quatro dias de festa, uma das principais atrações é a fogueira com 57 metros de altura. No final de julho, Anhumas sedia a sua 2ª Feira de Negócios ExpoAgro, que com a presença de 100 empresas participantes, há expectativa de faturamento de R$ 10 milhões em negócios realizados durante o evento; e entre shows e leilões, também haverá exposição de animais e palestras técnicas.
Temos também na região o Festival de Pesca, em Presidente Epitácio, e a Aceruva, em Junqueirópolis. Em setembro, Presidente Prudente sedia mais uma edição da Expo Prudente. E ainda teremos em Presidente Venceslau, a Faive Rodeio Show, forte feira agropecuária regional que, junto a outros eventos do tipo, formam um pool de oportunidades tanto para o setor do agronegócio quanto para o turismo regional.
Tradicionalmente, o Brasil não explora o turismo, em suas amplas variações, de forma adequada. Basta analisar os dados de visitação da cidade de Paris, na França, que recebe anualmente mais de quatro vezes o número de turistas estrangeiros que o nosso país inteiro. E perceba: temos 7.637 km de praias em um território de 8,5 milhões de km² (quilômetros quadrados), com diversidade de biomas, condições geográficas, rico folclore, culturas regionais e toda sorte de atrativos turísticos.
E apesar de pesquisas, segundo a Abav/Aviesp (Associação Brasileira de Agências de Viagens de São Paulo / Associação das Agências de Viagens do Interior do Estado de São Paulo), em um único evento com aproximadamente 300 pessoas, pode deixar cerca de R$ 1 milhão na economia local, em um único fim de semana, ainda hoje exploramos com certo amadorismo, muitas vezes de forma rudimentar, este importante filão da economia.
Recentemente, foi realizado evento com discussão sobre o turismo regional, promovido pelo Sebrae-SP (Serviço Brasileiro de Apoio Às Micro e Pequenas Empresas), deputado estadual Mauro Bragato e Prefeitura de Santo Expedito. A UEPP se fez presente, e ficou nítido a nós o potencial regional para o turismo rural, religioso e de negócios, mas também as dificuldades básicas até mesmo para manter algumas conquistas dos municípios regionais como os títulos de MIT (Município de interesse Turístico) e Estância Turística.
Vejamos um exemplo do grande potencial turístico que temos: o Parque Estadual Morro do Diabo, em Teodoro Sampaio. Com sua formação geológica atípica para uma região relativamente plana como a nossa, o local se sobressai e é cercado por exuberante reserva de Mata Atlântica. Contudo, poucas pessoas, mesmo as locais, conhecem seus atrativos turísticos. Também somos servidos por maravilhosos rios como Paraná e Paranapanema, com lagos de imenso potencial aos esportes, pesca e passeios aquáticos; isso sem falar do pôr do sol eleito o mais bonito do Brasil à beira do lago, em Presidente Epitácio.
Enfim, inúmeras são as opções; o oeste paulista tem muito a explorar turisticamente. Contudo, precisamos de um novo olhar, com mais profissionalismo e investimento, tanto por parte do poder público, dos empreendedores, quanto da própria população valorizando, preservando e, principalmente, prestigiando o nosso turismo.
