Um gesto que aquece vidas

EDITORIAL -

Data 02/07/2025
Horário 04:15

As baixas temperaturas, que anunciam a chegada do inverno, costumam trazer consigo uma preocupante queda nas doações de sangue. É um padrão que se repete ano após ano: com o frio, muitos doadores se afastam dos hemocentros, e os bancos de sangue entram em estado de alerta. Em Presidente Prudente, a situação não é diferente. Os estoques estão críticos, e a solidariedade da população é mais necessária do que nunca.
Mesmo com a recente campanha Junho Vermelho, mês nacional de conscientização sobre a importância da doação de sangue, os números ainda estão muito abaixo do ideal. A mobilização em torno da causa gerou visibilidade, sim, mas a urgência permanece. Afinal, quem precisa de sangue não pode esperar. Cirurgias, tratamentos de doenças crônicas, acidentes e emergências hospitalares exigem um suprimento contínuo e seguro de sangue.
A doação, embora simples e rápida, carrega um poder transformador. Uma única bolsa pode salvar até quatro vidas. E, ao contrário do que muitos pensam, não é apenas em tragédias ou catástrofes que o sangue se torna vital. Ele é essencial todos os dias, nos bastidores silenciosos dos hospitais, onde médicos e enfermeiros dependem desse gesto anônimo para exercer a arte de salvar.
Por isso, mesmo após o encerramento da campanha de junho, o apelo continua: doar sangue é um compromisso que deve ultrapassar calendários e estações. Que o frio não esfrie a empatia. Que o cobertor que nos aquece em casa não seja barreira para quem pode aquecer vidas com um ato de humanidade.
Os hemocentros de Presidente Prudente estão de portas abertas e precisam de você. A doação é segura, rápida, indolor e, principalmente, indispensável. Em tempos de escassez, ser doador é ser ponte entre o medo e a esperança. É escolher ser vida na vida do outro.
 

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